iStockphoto.com / Petmal Em outubro deste ano, os parques eólicos forneceram 47% mais energia do que o mesmo período de 2014.

A Alemanha tem liderado a corrida pelo uso de energia renovável e já atingiu alguns marcos impressionantes. Essa transformação no país é resumida pela palavra “energiewende”, que significa, em português, “virada energética” e surgiu na década de 1980, juntamente com o movimento antinuclear e o acidente de Chernobyl. Mas foi após o acidente nuclear de Fukushima, no Japão, em 2011, que o termo ganhou nova força.

Em julho deste ano, o país bateu um recorde e teve 78% da sua energia consumida proveniente de métodos ambientalmente saudáveis. Os resultados foram possíveis graças ao plano político que aumentou drasticamente o uso de fontes limpas como sol e vento.

Com as iniciativas e os resultados cada vez melhores, as expectativas são de que as fontes renováveis correspondam a um terço da energia utilizada no país até o fim de 2015.

Aposta bem-sucedida em fontes renováveis

De acordo com dados divulgados pela Associação Alemã de Energia e Águas (BDEW, sigla em inglês), o mês de outubro deste ano já superou o do ano passado. Ao todo, os parques eólicos forneceram 47% mais energia do que o mesmo período de 2014.

Além da liderança, a Alemanha conseguiu outro feito e provou ao mundo que é possível realizar uma transformação energética em grandes países.

Além disso, os alemães se aproximam cada vez mais das metas estabelecidas pelas agências reguladoras para combater as alterações climáticas e reduzir o impacto humano. Isso porque o país se torna menos dependente dos combustíveis fósseis, um dos maiores inimigos do aquecimento global.

Para dar continuidade ao processo, a Alemanha prevê a integração de um sistema de produção de energia com foco em fontes mais sustentáveis ​​para os setores de aquecimento e transporte.

Usinas nucleares devem ser desligadas até 2022

Até 2022, todas as usinas nucleares precisarão ser desligadas e até 2050 as emissões devem ser reduzidas em pelo menos, 80%. Atualmente, das 17 usinas que a Alemanha tinha em operação, quando o anúncio foi feito em 2011, apenas oito permanecem operando.