RomoloTavani / iStock / Getty Images Plus A Agenda 21 Brasileira tem como principal objetivo aumentar o nível de consciência da sociedade para práticas mais sustentáveis.

Uma das mais importantes iniciativas de disseminar informação a respeito da sustentabilidade por meio de políticas governamentais de contenção do problema e educação das populações ocorreu em 1992, no Rio de Janeiro.

Neste ano, foi realizada a Rio92, uma conferência que teve como tema central a sobrevivência humana na Terra a partir do combate às ações que agridem a natureza, saturam os recursos naturais e contribuem negativamente para as condições de vida no planeta. A Agenda 21 é o instrumento construído a partir dessa conferência para transformar os debates em ações efetivas para a preservação do meio ambiente.

Cada país participante do encontro ficou incumbido de implementar sua própria Agenda 21 a partir de um protocolo geral de diretrizes. Não foi diferente no Brasil, que definiu como linhas mestras de sua Agenda a conciliação do investimento em crescimento econômico, justiça social e desenvolvimento humano com políticas de conservação ambiental e sustentabilidade.

Além disso, a Agenda 21 Brasileira está fundamentada na democracia participativa e na cidadania, o que presume envolver a sociedade no debate acerca dos problemas ambientais e na construção das soluções e caminhos para enfrentá-los.

Agenda 21: quais são os objetivos?

O objetivo da Agenda 21 é transformar os debates e reflexões trazidos à luz pela Rio92 em uma agenda de ações governamentais, empresariais, sociais e locais que visam efetivar o combate à deterioração das condições de vida no planeta. No âmbito governamental, cada país é responsável por elaborar políticas públicas alinhadas às próprias necessidades e demandas ambientais.

Objetivos da Agenda 21 Brasileira

O principal objetivo da Agenda 21 Brasileira é elevar o nível de consciência da sociedade. Apesar de haver o apoio permanente das políticas governamentais de incentivo às práticas econômicas sustentáveis e o combate ao desperdício de recursos naturais, o maior foco consiste em despertar e consolidar essa consciência, de modo a transformá-la em instrumento permanente a serviço da defesa da vida.

No início do século foram construídas agendas locais, que incluíram a capacitação de gestores municipais e o recrutamento de ONGs, com o objetivo de construir projetos de sustentabilidade. Ao todo, 64 projetos foram aprovados.

Outra ação que caminha firmemente em direção à consolidação do objetivo principal da Agenda 21 Brasileira foi o programa de formação aplicado a 10 mil professores da rede pública de ensino, além da formação da Comissão de Política de Desenvolvimento Sustentável (CPDS) como câmara de elaboração e implementação de políticas públicas voltadas para o meio ambiente.