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Após a resolução 482/2012 que originou o Sistema de Compensação de Energia, os brasileiros podem instalar sistemas de geração de energia limpa de pequeno porte. Esta regulamentação facilitou a aplicação de equipamentos de energia de fontes como biomassa, eólica, solar e hídrica na residências das pessoas. De acordo com último relatório da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), 98% deles se consideram satisfeitos por poderem contribuir com o desenvolvimento sustentável desta forma.

O relatório foi baseado na opinião de 42 consumidores, dos quais, 45% afirmaram que instalaram microgeradores principalmente para auxiliar a reduzir impactos ambientais no mundo. Outros 29% brasileiros buscaram essa opção devido a possíveis retornos financeiros e 19% o fizeram por trabalharem com o setor de energias renováveis e limpas.

Para 24% dos entrevistados, o sistema superou as expectativas, para 38% as expectativas foram alcançadas e 36% relatam estar satisfeitos, porém suas expectativas ainda não foram atendidas totalmente. Somente 2% se arrependem de terem adotado a microgeração.

Ao todo no Brasil, existem apenas 120 microgeradores conectados à rede, sendo que destes, 1 é de biomassa, 105 são solares, 12 eólicos, e 2 híbridos (solar/eólico). Apesar de ainda ser um número baixo, a ANEEL destaca que a tendência pode atingir todo o país.

Dificuldades de implantação dos sistemas

Embora o relatório aponte números positivos, o processo de instalação para muitos entrevistados não foi fácil. Para 24% deles, as distribuidoras de energia demoraram muito tempo para atender seus pedidos de instalação, para outros 26%, além de muito tempo, foi necessário muito esforço para colocar o sistema em funcionamento efetivo.

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Além disso, 52% das pessoas se queixam que as contas de energia ainda vêm muitas vezes com erros ou com informações não muito claras sobre os créditos gerados pelos aparelhos microgeradores.

Esses dissabores em relação à instalação e gestão de energia limpa é de conhecimento de técnicos da ANEEL. No entanto, Marco Aurélio Lenzi Castro, especialista em regulação da Agência, relatou que vem gerenciando as ações das distribuidoras para oferecer um serviço melhor aos brasileiros.

*Com informações do Instituto Carbono Brasil