Stockphoto.com / ebobeldijk Atualizações do setor de energia vão beneficiar consumidores e o meio ambiente.

Para se livrar dos altos impostos cobrados pelas concessionárias, muitos consumidores estão procurando alternativas para gerar sua própria energia. Assim conseguem diminuir seus gastos e tornar o país mais sustentável.

De olho nessa movimentação e apostando no crescimento do uso de energia solar em residências, entrou em vigor neste mês de março a Resolução Normativa nº 687/2015. Por meio dela, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) definiu que quem passar a utilizar qualquer fonte renovável, como painéis solares fotovoltaicos, microturbinas eólicas, entre outras, terá diversos benefícios e vantagens.

O consumidor que gerar sua própria energia poderá enviar o excedente para a concessionária de sua região para abater o valor na próxima conta. Ou seja, se a pessoa gerar uma determinada quantidade de energia e ela for superior à gerada naquele período, ela ficará com crédito que pode ser utilizado para diminuir a fatura nos meses seguintes. O prazo de validade dos créditos também mudou: antes era de 36 meses e agora é de 60.

Outra opção é compensar essa diferença em outro imóvel de sua escolha, sendo ele atendido pela mesma concessionária.

Benefícios para quem mora em condomínios

A nova medida passa a permite a instalação de geração distribuída em condomínios e empreendimentos que possuam mais de uma unidade. Dessa forma, a energia poderá ser dividida entre os condôminos em porcentagens definidas pelos consumidores.

O modelo de geração distribuída já foi testado e aprovado em muitos países. Aqui no Brasil ela começou em 2012 e está aumentando a cada dia. Só esse ano são mais de 1900 usuários que adquiriram esse tipo de geração compartilhada.

Entre as organizações que colaboraram para o desenvolvimento dessas mudanças na resolução está a WWF-Brasil. Para Mario Barroso, superintendente de Conservação do WWF-Brasil, essas atualizações representam um grande avanço e um passo importante para o desenvolvimento sustentável do país.

Barroso defende ainda que os brasileiros passaram a aderir a esse tipo de geração de energia por conta da alta da energia elétrica. Ao mesmo tempo, pesaram também os benefícios ambientais, a diminuição das emissões de gases de efeito estufa e a economia nas contas. “Isso mostra o interesse das pessoas, que, mesmo com regulamentações pouco atrativas de antes, têm optado por gerar sua própria energia.”