No dia 24 de setembro vai ficar mais fácil saber como andam as negociações dos biocombustíveis no país graças ao 2º Fórum Nacional de Logística de Biocombustível. O evento, que será realizado na Federação das Câmaras de Comércio Exterior, no Rio de Janeiro, reunirá profissionais da agropecuária, engenheiros químicos e investidores do mercado de commodities (grãos) que irão apresentar como é feita a administração de recursos agropecuários na produção do combustível e a relação do setor com o governo.
Organizado pela Revista Ecoenergia, o espaço para o debate será ministrado por palestrantes especialistas no assunto, dentre eles, Tarcilo Rodrigues, diretor da Bioagência (Agência de Fomento de Energia de Biomassa), atuante no mercado sucro-energético – setor da economia que produz açúcar e álcool –; André Luis Martin, responsável por logística de combustível em empresas do ramo; e Manoel Horácio Francisco da Silva, administrador do Banco Fator. Eles estarão reunidos para mostrar os desafios que encontram para comercializar os biocombustíveis.
O evento é destinado para engenheiros químicos, agrônomos e demais profissionais de administração e logística que pretendem investir na produção do biocombustível e saber das vantagens do produto. Para participar das palestras os interessados devem se inscrever no site da Revista, preencher o formulário e pagar uma taxa no valor de R$ 700.
Vantagens dos biocombustíveis
Os biocombustíveis são produzidos a partir da biomassa (matéria orgânica) original da cana-de-açúcar, gordura animal e óleo vegetal. O óleo de palma, a mamona e o milho – principal fonte de produção do etanol nos EUA – também são essenciais na produção dos biocombustíveis.
Por serem feitos a partir de fontes renováveis, os biocombustíveis tem baixo custo de produção, além de renderem mais. O etanol feito da cana-de-açúcar, por exemplo, rende mais que a gasolina. Com um hectare de terra se consegue produzir 7.500 litros de etanol. No caso do biodiesel de soja, é possível produzir 600 litros com um hectare de plantação do grão.
Os biocombustíveis são indicados para veículos leves, enquanto o biodiesel (mistura de diesel com óleo de vegetais) é mais recomendado para ônibus e caminhões. O biodiesel, por exemplo, bateu recorde em maio de 2013 com 1,15 bilhão de litros produzido, de acordo com a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), baseadas em informações da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
Combustível que polui menos
Os combustíveis verdes são aqueles que emitem menor quantidade de CO2 do que o diesel e a gasolina, reduzindo as emissões de gases de efeito estufa em cerca de 90% e a poluição atmosférica nos centros urbanos, segundo informações do governo.
O Ministério do Meio Ambiente realizou uma pesquisa em 2009 com base nos dados do Nota Verde – programa de controle de emissão de gases por veículo do Ibama – divulgado no jornal O Estado de São Paulo, que constatou que carros movidos à etanol poluem relativamente igual à gasolina.
Embora a pesquisa ressalte este impacto do etanol, foi possível certificar que a fumaça de dióxido de carbono vinda do etanol pode ser absorvida pelas folhas de cana-de-açúcar. Os biocombustíveis ajudam a natureza em todos os aspectos, desde a questão da matéria-prima até o impacto dos poluentes que é reduzido em relação a queima de combustíveis fósseis como a gasolina.
Serviço
2º Fórum Nacional de Logística de Biocombustíveis
Local: Federação das Câmaras de Comércio Exterior
Endereço: Avenida General Justo, 307 – Centro, Rio de Janeiro (RJ)
Valor da inscrição: R$ 700
Mais informações: www.revistaecoenergia.com.br