Uma notícia boa de se ouvir: os brasileiros estão entre os mais conscientes do mundo sobre seus efeitos no meio ambiente. É o que indica a pesquisa Vida Saudável e Sustentável 2022: Um estudo global de percepções do consumidor, divulgada no fim do ano passado pelo Instituto Akatu, ONG que atua na mobilização da sociedade para o consumo consciente. Realizada anualmente desde 2019, a edição a que nos referimos aqui foi realizada em 31 países, entre junho e julho, e contou com mil entrevistados no Brasil.

Segundo o levantamento, mais de 80% entendem que o que é bom para um indivíduo nem sempre é bom para a natureza, contra 46% na média mundial. Outra coisa boa é que 84% querem reduzir seu impacto pessoal sobre o planeta, 11 pontos acima da média.

Nós também enxergamos com maior seriedade os problemas globais – de 15 a 30 pontos percentuais a mais que a média dos países. Oito em cada 10 entrevistados brasileiros também apontaram as questões ambientais, como poluição da água, esgotamento dos recursos naturais e perda de espécies de animais e plantas como os desafios mais urgentes a serem resolvidos no mundo.

Muita intenção, nem tanta ação

Por aqui, 72% das pessoas acreditam que estão fazendo tudo o que podem para proteger o meio ambiente. Mas há uma distância grande entre o desejo e os que, de fato, fazem algo para alterar o estilo de vida: apenas 25% dos brasileiros realizaram alguma mudança no último ano buscando reduzir o impacto no meio ambiente e no clima.

O dado não favorável é um indicativo de que ações individuais não são compreendidas com potencial de contribuição. Para 26%, inclusive, os indivíduos não podem fazer muito para salvar o meio ambiente, índice 6% superior à edição anterior da pesquisa. Ou seja, ainda não existe a compreensão clara de que cada um de nós pode sim contribuir com o todo.

No geral, os brasileiros são menos otimistas sobre o futuro quando comparados à média dos 31 países: enquanto 54% das pessoas no mundo acham que há probabilidade de a maioria das pessoas adotar estilos de vida mais sustentáveis nos próximos dez anos, no Brasil 43% acreditam que essa adoção acontecerá e 28% opinam que isso provavelmente não acontecerá.

As descobertas do estudo são de grande contribuição para empresas e organizações que desejam se destacar no campo da saúde e da sustentabilidade e ajudar a promover a mudança que precisamos viver no mundo que queremos. Os resultados públicos representam aproximadamente 25% das descobertas da pesquisa, que você pode conhecer aqui. O relatório completo, com todos os resultados, é exclusivo a aqueles que contribuírem financeiramente com o projeto.

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Fontes: Exame | Naturices | Ataku