Além de ser benéfico para o cérebro, o consumo do ômega-3 ajuda a evitar doenças inflamatórias, cardiovasculares, diabetes, artrites reumatóides entre outras.

Um novo estudo descobriu que comer peixe grelhado ou assado apenas uma ou duas vezes por semana pode ajudar a proteger o cérebro dos impactos negativos da poluição do ar. De acordo com o estudo, isso se deve ao ômega-3 presentes neste alimento.

O ômega-3 é um tipo de gordura poliinsaturada considerada essencial para a nossa função cerebral e cardíaca. Essa substância é encontrada abundantemente em peixes de água fria – onde a concentração por peixe pode passar de 200% do valor de consumo diário recomendado. Além disso, o ômega-3 combate a inflamação e também reduz os danos cerebrais causados ​​por neurotoxinas, como chumbo e mercúrio.

A pesquisa

A nova pesquisa, publicada na revista médica da Academia Americana de Neurologia, verificou se esses benefícios do ômega-3 também poderiam ter um efeito protetor contra neurotoxinas e partículas finas encontradas na poluição do ar.

Usando uma combinação de exames de sangue, questionários de dieta e exames cerebrais, os pesquisadores identificaram que mulheres que tinham os níveis mais altos de ômega-3 no sangue tinham mais substâncias brancas (que compreendem cerca de metade do volume cerebral) e maiores volumes do hipocampo.

O estudo foi realizado com mulheres, com idade média de 70 anos, que viviam em áreas com altos níveis de poluição do ar e não apresentavam demência.

Os pesquisadores mediram a quantidade de ácidos graxos ômega-3 em seus glóbulos vermelhos e depois dividiram as mulheres em quatro grupos com base na quantidade de ômega-3 em seu sangue. Eles avaliaram ainda a quantidade de peixe consumida pelas participantes, que deveriam ser grelhados ou assados ou ainda em conserva (como atum), em salada, caçarola e também frutos do mar cozidos.

Segundo os cientistas, as descobertas sugerem que níveis mais altos de ômega-3 no sangue, provenientes do consumo de peixe, podem preservar o volume cerebral à medida que as mulheres envelhecem e, possivelmente, também proteger contra os potenciais efeitos tóxicos da poluição do ar.

Uma limitação do estudo foi que a maioria das participantes eram mulheres brancas, acima dos 60 anos, portanto, os resultados não podem ser generalizados para outros perfis de pessoas. De qualquer forma, a pesquisa deixa claro que incluir alimentos ricos em ômega-3 na dieta traz inúmeros benefícios para a saúde! E quem não consome alimentos de origem animal, a dica é caprichar na semente de linhaça, que é a segunda fonte mais importante de ômega-3.