Reprodução / SolaRoad O sucesso do projeto piloto dá credibilidade a um movimento mais amplo para construir infraestruturas que promovem uma sociedade mais sustentável.

As bicicletas fazem parte da vida dos holandeses, conhecidos mundialmente pela qualidade de vida e pela influência que o meio de transporte tem na sua vida e no dia a dia.

Pensando em uma forma de utilizá-las para ajudar o meio ambiente, uma empresa do país desenvolveu ciclovias capazes de gerar energia limpa. Conhecida como SolaRoad, a tecnologia consiste em um bloco inteligente que substitui o asfalto e produz energia a partir da captação de raios solares.

O primeiro protótipo foi instalado na cidade de Krommenie, a 25 km da capital Amsterdã, com o objetivo de conseguir energia suficiente para alimentar as casas de três famílias durante um ano. A ideia é expandir para outras cidades.

Resultados mais do que positivos

Hoje, um ano depois, o resultado é animador e, claro, chama a atenção do mundo todo. A inovação gerou 70 kWh por metro quadrado, mais de 9.800 kWh, valor superior ao estimado inicialmente pelos desenvolvedores.

Reprodução / SolaRoad O objetivo final é que grande parte das ruas da Holanda servirão como um grande painel solar.

Apesar dos resultados, há ainda algumas ressalvas em relação a essa tecnologia. Isso porque, enquanto os painéis solares utilizados nos telhados têm ficado mais baratos, os da SolaRoad são mais caros que o normal, o que dificulta a implantação.

Apesar de ainda não terem o valor total da iniciativa, os designers acreditam que a ciclovia deve se pagar dentro de 15 anos. A equipe argumenta, ainda, que o pavimento pode adicionar valor imobiliário, assim como os telhados solares ou os jardins verticais.

Além disso, o pavimento ainda colabora de outras formas para a cidade, podendo fornecer energia para postes, carros elétricos ou, simplesmente, enviar energia para a rede elétrica local.

População agradece

A população não nota a diferença entre a ciclovia comum e a com painéis solares. Isso porque o modelo tem o mesmo formato que as originais. E é exatamente o que os idealizadores querem: gerar energia, mas sem deixar a população na mão.