Bem-sucedido dentro e fora do país, o teleférico tem se revelado um importante instrumento na mobilidade urbana por diversos motivos: tem custo de implantação mais baixo – quando comparado a outros meios de transporte -, é fácil de ser instalado, não gera muitos impactos e é altamente sustentável.
A modalidade deixou de ser apenas uma opção de lazer e começou a ser implantado em regiões de morros, para facilitar a entrada e saída dos moradores. O Complexo do Alemão, Rio de Janeiro, é um exemplo disso, tem 3,5 quilômetros de trajeto, seis estações e 152 gôndolas que interligam os morados à rede ferroviária. Quem é cadastrado no sistema tem direito a fazer duas viagens gratuitas ao dia (ida e volta). Caso esse número seja ultrapassado, cobra-se R$ 1; já para os turistas, a tarifa é de R$ 5.
Medellín, na Colômbia, abriga um dos teleféricos mais conhecidos do mundo, conecta os principais morros da região ao centro da cidade e possibilita a ligação com o metrô. Cerca de 30 mil pessoas utilizam o sistema ao dia e pagam tarifa equivalente a R$ 2.
São Bernardo do Campo, localizada na região metropolitana de São Paulo, também deve adotar o sistema como meio de transporte. A prefeitura do município projeta um teleférico que interligue os corredores de ônibus e a estação de metrô Tamanduateí. As obras devem ser iniciadas no ano que vem. Já no Rio de Janeiro, a comunidade da Rocinha planeja implantá-lo e conectá-lo às futuras estações que serão inauguradas na Gávea e em São Conrado.
O teleférico sustentável é levado para regiões que não têm estrutura para receber estações de metrô. Sua principal função é trazer agilidade para quem mora afastado dos grandes centros. Juntamente com as bikes, é considerado um meio de transporte do futuro.