Saber a diferença entre metal, plástico e garrafas não é o suficiente para construir uma consciência sustentável. O importante é praticar estas atitudes no cotidiano. Por isso algumas escolas já se comprometem a realizar projetos sobre métodos de reciclagem, acreditando na inserção deste conceito na vida dos alunos.
Além de aprender como separar o lixo, os alunos do ensino fundamental também vão entender qual é o caminho que as embalagens fazem depois que elas saem de casa. O inpEV (Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias), ONG especializada na logística reversa das embalagens de agrotóxicos, escolheu 139 escolas do estado de São Paulo, localizadas em volta das unidades de recebimento destas embalagens, para ensinar de forma lúdica como é feito o descarte específico.
Não é só na semana do meio ambiente, mas durante todo o ano, na escola e em casa, para que a criança cresça acompanhando e tendo isso como parte da sua vida”, Beatriz Silveira, assessora pedagógica da Secretaria Municipal de Educação de Ituverava.
O Programa de Educação Ambiental Campo Limpo utiliza o tema “Caminhos da Reciclagem” e propõe aos alunos do 4º e 5º ano do ensino fundamental um material didático com jogos de pergunta e respostas que seguem duas linhas de aprendizado que tratam da coleta de resíduos e sobre o ciclo de vida das embalagens. Cartazes também somam a lista de materiais.
Para a Beatriz Silveira, assessora pedagógica da Secretaria Municipal de Educação de Ituverava, o aprendizado sobre reciclagem é importante, mas precisa haver uma extensão do conceito. “Não é só na semana do meio ambiente, mas durante todo o ano, na escola e em casa, para que a criança cresça acompanhando e tendo isso como parte da sua vida”, explica.
Em Votorantim, interior de São Paulo, não é diferente. Na escola municipal profª Patrícia Maria dos Santos, os alunos saem pelas ruas do bairro mobilizando os moradores para arrecadar materiais recicláveis. “A atitude de ensinar os mais velhos sobre como contribuir com o meio ambiente está aproximando pais e filhos e trazendo muitas famílias de volta à rotina escolar de suas crianças”, explica Tatiana Arruda, coordenadora da escola.
Gestores e professores têm a sensibilidade de observar a realidade, refletir sobre o que não estava funcionando bem e buscar uma solução – movimento que nunca termina. Não basta só organizar a coleta seletiva do lixo, é preciso expandir o processo de aprendizagem e para isso é inevitável pensar na relação entre as pessoas, compartilhar oportunidades de conhecimento e discutir sobre o cuidado com o lixo e sobre tudo o que está em volta.
Assista ao vídeo que ilustra, de forma lúdica, sobre como fazer a reciclagem da forma correta: