O prefeito de Londres Boris Johnson, ciente da importância de criar ações que desenvolvam a mobilidade urbana sustentável nos centros urbanos, anunciou um plano para construir uma ciclovia aérea até 2015. Denominado SkyCycle, o planejamento de mobilidade urbana pretende resolver o problema de espaço enfrentado pelos automóveis e bicicletas pelas vias públicas do centro urbano, além da questão da falta de sinalização.
Elaborado pela empresa Exterior Architecture, o projeto batizado como SkyCycle irá ligar o distrito de Stratford à estação de metrô Liverpool Street. Comportando aproximadamente 12 mil ciclistas por hora e beneficiando algo em torno de seis milhões de pessoas, o desenvolvimento contará com algo em torno de 220 quilômetros de extensão e mais de 200 pontos de acesso.
Podendo ser utilizado de forma parecida com a do High Line, parque elevado de Nova York, que disponibiliza espaços de lazer e prática de atividades físicas, a “ciclovia suspensa”, principalmente, funcionará também como uma linha de locomoção rápida, isto é, algo semelhante ao “Expresso Tiradentes”, em São Paulo. Ou seja, o SkyCycle poderá atuar como uma válvula de escape aos congestionamentos, além de apoiar a prática de atividades físicas numa metrópole.
Ciente de que o sistema de transporte da cidade já está operando em sua capacidade máxima, a prefeitura londrina afirma priorizar a mobilidade urbana. Assim sendo, os primeiros estudos da Exterior Architecture apontam que a construção de uma ciclovia aérea seria mais barata do que a execução de obras para novas estradas e rodovias, demonstrando a viabilidade do empreendimento.
A instalação da SkyCycle surge como uma medida de prevenção de acidentes entre motoristas, ciclistas e pedestres, afinal, o projeto constitui uma via exclusiva e adequada para o tráfego de bikes. Entretanto, para que os britânicos usufruam das estruturas da pista, será cobrada a taxa de uma libra, o equivalente a R$ 3,80.
Portanto, dar condições para que a população possa pedalar com segurança, pode reduzir os índices de trânsito, algo que consequentemente diminui os volumes de Gases de Efeito Estufa emitidos à atmosfera, uma vez que os automóveis são grandes disseminadores de poluição. No entanto, se o acesso à ciclovia tiver de ser pago, o ideal seria a adoção de valores inferiores às passagens de ônibus, trens e metrô.