Durante a Conferência sobre Mudanças Climáticas (COP22) de Marrakech o ano passado, foi divulgado que o mundo, pelo 3º ano consecutivo, manteve estáveis suas emissões de CO2, porém os esforços não foram suficientes. Segundo a pesquisa foram emitidos no mundo cerca de 36,3 gigatoneladas de CO2, número bastante alarmante.
Tentando colaborar com o planeta e minimizar os danos causados pelas emissões dos gases de feito estufa, grandes empresas europeias e asiáticas (BMW, Daimler, Honda, Hyundai, Kawasaki, Shell, Air Liquide, Alstom, Engie, AngloAmerican, Linde, Total e Toyota) estão se juntando para promover o hidrogênio como energia limpa, de acordo com informações da Rádio França Internacional.
Batizado de Hydrogen Council (Conselho do Hidrogênio, em português), o grupo que é formado por setores do automobilismo e energético fez a sua primeira reunião no dia 17 em Danos, na Suiça. Lá ele defendeu a utilização dessa nova tecnologia, que visa alcançar o objetivo estabelecido durante o Acordo de Paris em 2015, que é manter o aquecimento global bem abaixo de 2ºC.
Durante a reunião as empresas mostraram dados e pesquisas realizadas para promover o uso do hidrogênio em nível global, pelo fato dessa energia não emitir CO2 quando utilizada. O presidente do novo conselho, Benoît Potier, líder do grupo de gases industriais Air Liquide, disse durante o encontro: “Atores-chave da energia, do transporte e do setor industrial unem suas forças para expressar uma visão comum do papel central que o hidrogênio terá na transição energética.”
A escolha por Davos como local para o primeiro encontro foi bastante estratégica, pois teve como intuito chamar a atenção das lideranças mundiais da política e da economia. Takeshi Uchiyamada, presidente da Toyota, explicou a situação: “Até o momento, sem um grande apoio dos poderes públicos, a transição para uma energia sem CO2 é impossível.”
O conselho ainda deixou claro que essa nova fonte de energia pode alimentar as células de combustível em veículos automotivos, podendo ser aproveitada também como parte das energias renováveis que é produzida, mas se dissipam por não poderem ser conservadas. Patrick Pouyanné, presidente da Total, afirmou que agora o desafio é desenvolver o uso do hidrogênio de uma forma sólida e acessível.