A Secretaria Municipal de Mobilidade e Transportes (SMT), através da SPTrans, apresentou na última semana, dia 14, um projeto inovador e que chega com pompa de exclusividade ao setor de transportes do Brasil. Trata-se do primeiro ônibus movido à bateria com fabricação 100% nacional, um veículo tipo Padron de 4 portas, com capacidade para transportar 84 passageiros.
Durante o evento de apresentação do modelo elétrico, na Prefeitura de São Paulo, os desenvolvedores falaram sobre a importância do projeto para o país, já que o veículo conta com uma série de características que valorizam o desenvolvimento sustentável e evolução da indústria veicular em diversos fatores.
Isso porque o novo ônibus elétrico, além de ser carregado em apenas cinco horas (bateria de fosfato de ferro – LiFePO4), opera com baixo nível de ruído e emissões zero, atende todas as exigências de acessibilidade como piso baixo, rampas de acesso e espaço para cadeiras de rodas, além de ser equipado com ar-condicionado, tomadas USB, Wi-Fi e tem autonomia de 300 km.
Contando com um sistema de tração inteligente, o veículo consome energia das baterias tracionárias quando está em aceleração, e transforma a energética cinética em elétrica (armazenando na própria bateria), quando o carro está em frenagem.
A empresa chinesa de veículos elétricos e baterias BYD contribuiu para o projeto fabricando o chassi do novo modelo, contando com o trabalho da SPTrans para fazer as adequações técnicas necessárias para atender às normas técnicas vigentes no Brasil. Os chineses, inclusive, têm duas de suas unidades (movidas à bateria) circulando em Campinas, interior de São Paulo, ambas importadas do país asiático.
A BYD confirma também que tem capacidade para produzir 400 unidades do modelo por ano. Vale destacar também que a SMT está terminando o edital de uma nova licitação para o sistema de transporte coletivo, que incluirá metas para a adoção de energias renováveis na frota.
“Faz parte do plano de governo apresentado para sociedade no ano passado a transformação do nosso sistema de ônibus. Na licitação nós vamos contribuir para que, ao longo do próximo contrato, as empresas operadoras em São Paulo reduzam paulatinamente as emissões que provocam doenças respiratórias, envelhecimento precoce e efeitos indesejáveis no clima global”, explicou o secretário de Mobilidade e Transportes, Sérgio Avelleda, em notícia publicada no site oficial da Prefeitura de São Paulo.