Alunos do Serviço Social da Indústria de Santa Cruz do Sul (Sesi) de de Santa Cruz do Sul, no Rio Grande do Sul, desenvolveram um aplicativo capaz de ajudar os moradores da cidade a descartar corretamente lixos especiais como eletrônicos, medicamentos, lâmpadas, vidros e materiais de construção.
A equipe de robótica “Aventura Legow”, formada por Ana Paula Martins (13), Gabriela Pizzolato (12), Julia Tavares (12), João Sestari (13), Laura Kappel (14) e Roger Machado (13) é uma das classificadas para representar o Sesi do Rio Grande do Sul na etapa nacional do Torneio Sesi de Robótica “First Lego League 2019/2020”, em São Paulo, entre os dias 6 e 8 de março.
Essa edição da competição tem como principal objetivo estimular os alunos a desenvolverem cidades melhores, mais inteligentes, acessíveis e sustentáveis. Com equipes de jovens com idades entre 9 e 16 anos, os alunos devem construir um robô autônomo, explorando conceitos de engenharia, além de desenvolverem um projeto de pesquisa e habilidades como trabalho em grupo, espírito esportivo e inovação.
A ideia da equipe gaúcha surgiu a partir da necessidade identificada por uma das professoras da escola, que não sabia onde descartar seu lixo eletrônico. “Eles identificaram na nossa cidade que as pessoas não sabem realmente onde descartar o lixo. O nosso aplicativo mostra onde é possível o descarte, ali vão estar informações do local, por exemplo, o horário de funcionamento, o telefone, o endereço, então, ele é bem informativo”, explica uma das técnicas que auxilia os estudantes no desenvolvimento do projeto, Renata de Oliveira.
Os alunos também tiveram a orientação de Stella Hiroki – especialista em cidades inteligentes –, que deu uma ideia para facilitar ainda mais a vida da população. “Stella nos orientou a pensar em uma cidade inteligente, então, nós vamos tentar colocar uma aba de comunicação entre a comunidade que quer descartar o resíduo e o próprio catador”, explica Renata, complementando que existe a Cooperativa de Catadores e Recicladores de Santa Cruz do Sul, o que incentiva uma economia circular. “Para eles é benéfico, porque os resíduos descartados geram renda, e ainda fazem um favor para a comunidade” explica Renata.
Já sobre o torneio, João Sestari, um dos integrantes da equipe, explica que, além do aplicativo, que está quase finalizado, o robô – uma das exigências do torneio – está sendo preparado. Ele conta também que se sente confiante quanto ao projeto e que é algo que eles poderão levar além. “Tem tudo para ajudar o meio ambiente, principalmente a comunidade de Santa Cruz”, completa.
Foto: Divulgação/SESI