Atualmente um dos maiores problemas ambientais, especialmente no Brasil, é a poluição dos rios. Ocasionado por diversos fatores, como sistema sanitário precário, materiais e produtos químicos despejados de maneira incorreta, lixo doméstico, entre outros, o problema se torna mais grave a cada dia que passa.
Para mitigar os problemas e despoluir os rios, diversas iniciativas já foram tomadas na Europa, enquanto que o Brasil e a América Latina caminham a passos lentos para combater a poluição.
Um projeto de um estudante argentino, no entanto, promete reverter a situação. Premiado no internacional Solar Cities Congress de Buenos Aires, Sebastián Zanetti, que estudou arquitetura na Universidade de Buenos Aires, criou a boia fotovoltaica, apelidada de Água Viva.
A ferramenta, que transforma a energia solar em eletricidade e faz com que bombas oxigenem os rios poluídos, tem como objetivo revitalizar os cursos da água e delimitar as áreas de navegação.
Como é feita a Água Viva?
O modelo é composto por uma boia flutuante, equipada com um painel fotovoltaico que alimenta três bombas submersíveis para oxigenar a água. Estas bombas aumentam a superfície de contato com o ar, favorecendo a oxigenação do rio.
Vale lembrar, ainda, que o projeto necessita apenas da energia do sol para funcionar, o que confere um ar ecologicamente correto ao sistema.
O projeto é adaptável a qualquer sistema natural ou artificial de águas correntes e foi testado pela primeira vez em 2014, em um dos dez lugares mais poluídos do mundo, de acordo com o Instituto Blacksmith, o rio Matanza-Riachuelo, localizado em Buenos Aires.
Segundo a instituição, estima-se que cerca de 15.000 indústrias despejam dejetos no rio e que as indústrias químicas sejam responsáveis por mais de um terço da poluição da bacia.