As doenças transmitidas pelo mosquito da Aedes aegypti – dengue, zika e chikungunya – têm tirado o sono da população brasileira. O número alarmante de infectados e a relação da zika com a microcefalia em recém-nascidos tem feito as campanhas contra o mosquito se intensificarem dia a dia.
Para unir forças contra este grave problema a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) está sendo desenvolvendo um bioinseticida que promete acabar com as larvas do mosquito Aedes aegypti.
Todos os testes comprovando sua eficácia já foram finalizados e o produto agora está em processo de registro junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Avisa). Segundo os pesquisadores, após ser realizados diversos testes toxicológicos, eles garantiram que o inseticida não prejudica a saúde das pessoas e dos animais domésticos.
Arma contra o mosquito
O Inova-Bti, como vai ser chamado, será liquido e poderá ser colocado nos focos onde os mosquitos podem se propagar, como pneus, vasos de planta, garrafas, piscinas entre outros, causando a morte das larvas. Ele será de fácil aplicação e poderá ser manuseado sem problemas pela população.
Assim que o registro do produto for concedido, o Instituto Matogrossense de Algodão, parceiro da Embrapa, terá a capacidade de produzir por semana 1,6 litros de inseticida. Será recomendado que cada família use um frasco de 30 ml, e estima-se que cerca de 53 mil residências possam ser atendidas por semana.
Este é o segundo inseticida biológico desenvolvido aqui no Brasil. O Bt-horus, como era chamado, foi criado em 2005, mas nunca foi produzido em grande escala. Apesar disso, foi testado em algumas cidades do Brasil e teve resultados positivos.
Segundo Rose Monnerat, pesquisadora na área de Controle Biológico da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia de Brasília, DF, e uma das responsáveis pelo desenvolvimento do bioinseticida Inova-Bti, a formulação do nosso produto é um pouco diferente do primeiro, mas ambos têm os mesmos princípios e são excelentes.