A descoberta, feita por pesquisadores do Georgia Tech, revelou que este processo pode revelar-se bem mais ecológico do que os métodos tradicionais utilizados para o tratamento de madeiras

Uma equipe de cientistas do Georgia Institute of Technology tem trabalhado em uma alternativa mais ecológica para tratamento da madeira utilizada em obras e construções.

Normalmente, madeiras com esta finalidade são tratadas com pressão e produtos químicos para impedir que apodreçam e, para isso, geralmente são utilizados conservantes como o arseniato de cobre cromatado (CCA) que, apesar de fornecer uma proteção para madeiras contra o sol, fungos e bactérias, também pode contaminar o solo, por conta dos níveis elevados de arsênico.

O novo método, publicado no último mês na revista Langmuir, envolve a aplicação de um revestimento de óxido de metal, por meio de um processo de vaporização. Esse processo, conhecido como deposição de camada atômica, já é usado com frequência na fabricação de componentes para computadores e telefones celulares, e agora está sendo explorado para novas aplicações em produtos como a madeira.

A madeira possui aberturas semelhante aos poros da nossa pele, com a mesma espessura de um fio de cabelo humano, ou um pouco menor. Por meio desses orifícios os cientistas encontraram uma forma de fazer com que os gases penetrem na estrutura da madeira, depositando o óxido de metal. Como resultado, a peça se torna totalmente impermeável, mesmo quando submersa. Além de ser hidrofóbica, a madeira tratada com o novo processo de vapor também fica mais resistente ao mofo.

O melhor método

Os pesquisadores testaram três tipos diferentes de óxidos metálicos: óxido de titânio, óxido de alumínio e óxido de zinco. Em cada um deles foi comparada a absorção de água após manter a madeira submersa por certo um período de tempo. Dos três elementos, o óxido de titânio apresentou um melhor desempenho, contribuindo para que a madeira quase não absorvesse água.

Para testar a resistência, os pesquisadores deixaram blocos de madeira que receberam este tratamento com óxidos metálicos em um ambiente úmido por vários meses e notaram que os blocos tratados com óxido de titânio demonstraram maior resistência ao crescimento de fungos.

Confira mais detalhes neste vídeo, divulgado pela Universidade: