Uma nova contagem revelou um salto significativo na população de micos-leões-dourados, espécie exclusiva do Sudeste brasileiro. Os números impressionantes mostram que a população passou de 3.700 indivíduos, em 2013, para cerca de 4.800 este ano, representando um crescimento de 29,7%. Essa conquista foi possível graças aos esforços de conservação liderados pela Associação Mico Leão Dourado (AMLD) desde 1992, com o apoio de outras organizações não governamentais, órgãos governamentais e entidades de pesquisa e financiamento no Brasil e no exterior.

O aumento na população dos micos-leões-dourados é especialmente notável, considerando os desafios que a espécie enfrentou ao longo dos anos. A febre amarela, por exemplo, reduziu a população para apenas 2.500 animais entre 2014 e 2018, diminuindo certas áreas em mais de 90%. Apesar desses impactos, a população mostrou resiliência e mostrou sinais de recuperação.

As maiores populações da espécie foram encontradas em matas de baixada nas bacias dos rios São João e Macaé, no estado do Rio de Janeiro. No entanto, a contagem não incluiu populações isoladas em pequenas matas, como as de Búzios e Araruama, que têm poucas chances de sobrevivência a longo prazo devido ao contato excessivo com seres humanos.

O mico-leão-dourado é uma espécie icônica do Brasil e faz parte de um importante trabalho de conservação.

Apesar do progresso animador, os esforços de conservação devem continuar. A perda e fragmentação florestal, bem como o comércio ilegal, representam desafios significativos para a manutenção da população crescente. A implementação da legislação florestal e a recuperação e conexão dos fragmentos de Mata Atlântica são essenciais para garantir o futuro da espécie.

O mico-leão-dourado é uma espécie icônica do Brasil e faz parte de um importante trabalho de conservação. Enquanto celebra-se o aumento da população, é necessário permanecer vigilante contra as ameaças, como o tráfico de animais, que ainda persistem. Com esforços contínuos de conservação, espera-se garantir um futuro promissor para esses primatas e sua coexistência com o meio ambiente e a sociedade.

Com informações do Portal O Eco.