O Pangolim é um mamífero que vive nas áreas tropicais da Ásia e da África. É um dos animais mais incomuns dentre os vertebrados, pois são tão flexíveis que se enrolam de forma que pareçam bolinhas. Isso faz com que o pangolim suporte forças que esmagariam as demais espécies. O que garante essa flexibilidade é a resistência de sua carapaça externa, que são fibras de colágeno unidas às partes rígidas do corpo.
Os pangolins são totalmente recobertos de escamas e isso dá origem ao nome de “Abacaxi vivo”. Sua alimentação é baseada no consumo de insetos, e por mais que possuam fortes garras nas patas dianteiras, raramente as usam para caça ou defesa. Quando se encontram em situações de risco, em vez de atacar, se enrolam em uma perfeita bola quase impenetrável.
O modo de vida desses animais serve praticamente para protegê-los de predadores e caçadores. Eles possuem hábitos noturnos e costumam estar ativos num período de quatro a oito horas durante a noite, na maioria das vezes sozinhos. É nessa hora que atacam ninhos de formigas e montículos de cupins, com sua língua alongada na forma de lápis, que pode se esticar em até 400 milímetros.
Os pangolins são animais pouco populares, exceto entre os caçadores, e mesmo que passe despercebido entre os ecologistas e as manchetes, o comércio ilegal destes animais está descontrolado. Eles são utilizados para satisfazer a demanda do Extremo Oriente. Deles são utilizados tanto a carne como as escamas, que são torradas e usadas na medicina tradicional.
As oito espécies existentes de pangolim estão gravemente em declínio. Dentre as quatro pertencentes à Ásia, duas já estão já estão em perigo na Lista Vermelha da IUCN – União Internacional para a conservação da Natureza e dos Recursos Naturais. Já na África, duas já estão praticamente ameaçadas de extinção.
A recuperação dessas espécies é uma tarefa árdua, pois a alimentação realizada em cativeiro mostrou-se extremamente difícil, além do fato de que os pangolins em estado selvagem têm apenas uma cria por ano, o que não é suficiente para repor a população perdida. Se uma espécie de pangolim for considerada extinta em estado selvagem, mesmo que ainda exista alguns em cativeiro, esse quadro é irreversível.