A Águia das Filipinas é um dos animais mais difíceis de observar em ambiente natural. Está listada pela União internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, em inglês) como uma ave criticamente ameaçada e corre sério risco de extinção devido a comum caça predatória e o desflorestamento. Apesar disso, foi adotada como animal símbolo das Filipinas.
Esta ave tem cerca de um metro de altura, 2,40 metros de envergadura e chega a pesar oito quilos. É uma exímia caçadora, com garras e bicos fortes, resistentes e curvados. Suas presas variam entre macacos, esquilos, serpentes, aves, felinos de pequeno porte, morcegos e insetos. Essa águia tem o costume de caçar em dupla: enquanto uma confunde a presa, a outra ataca por trás.
Sua plumagem é castanha escura na região dorsal, com penas brancas no ventre e nas pernas. Ela também possui um penacho na cabeça, que fica eriçado quando a ave está irritada. A Águia Kalinawan, como também é chamada, voa abaixo das copas de árvores – um hábito diferente das outras aves de rapina. Também é nas árvores de mais de 50 metros de altura que estão seus ninhos.
A águia filipina só choca um ovo a cada dois anos. O filhote nasce em 60 dias e começa a voar com seis meses, mas é quando completa um ano meio que se torna um animal independente de seus pais, formando seu próprio ninho. Biólogos afirmam que esta ave pode viver até 60 anos, sempre em casal, de forma monogâmica, ou seja, nunca mudam de parceiro(a).
Caça Predatória e Extinção
Caçar águias é um hábito comum nas Filipinas, apesar de ilegal. Os filipinos acreditam que ter uma águia empalhada, traz sorte às suas casas. Há ainda o desmatamento de vastas extensões de florestas para o desenvolvimento de comércio e os baixos índices reprodutivos, que podem estar ligados aos altos níveis de pesticidas.
Somados, estes fatores formaram um cenário desolador para a espécie: estima-se que existam em torno de 600 exemplares dessas águias em todo o mundo. A Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) têm estudado maneiras de conservar a espécie, já que ela normalmente não se reproduz em cativeiro.