Em tempos de sustentabilidade, até práticas tradicionais tem se enquadrado às práticas amigas do meio-ambiente. A pecuária orgânica visa o desenvolvimento econômico e produtivo que não polua, não destrua a natureza e que valorize o homem.

O manejo orgânico tem como principal objetivo montar uma produção mantendo o equilíbrio ecológico, valorizando os componentes produtivos, ambiental e social. Os animais são rastreados do seu nascimento até o abate por meio de fichas individuais, que contém registros de peso, alimentação, vacinas, entre outras informações.

Um dos pontos mais importantes no ponto de vista deste tipo de criação de gado é justamente a alimentação do rebanho. Além da pastagem, outros ingredientes compõem o cardápio dos animais, como suplementação alimentar com grãos e rações isentas de organismos transgênicos.

O bem-estar do gado também é muito valorizado. Os criadores da pecuária orgânica trabalham com o sombreamento das pastagens e currais em formato circular, para que o rebanho não se machuque.

Além de tudo isso, a segurança alimentar do consumidor da carne orgânica é prioridade. A vacinação dos animais é exigida e monitorada, no intuito de evitar doenças como a febre aftosa. Em caso de alguma enfermidade, o gado é tratado com produtos fitoterápicos e homeopáticos.

Polarizada no Centro-oeste, a pecuária orgânica no Brasil tem em dois estados da região do pantanal como expoentes: Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. São 26 fazendas, aproximadamente 131 mil hectares em pastagens e cerca de 99 mil cabeças de gado. Os projetos são certificados e acompanhados pelo Instituto Biodinâmico (IBD).