iStock.com / czarny_bez Ações e campanhas foram lançadas para incentivar a mudança de hábitos.

Em outubro do ano passado, um Projeto de Lei foi aprovado no parlamento marroquino, determinando que toda e qualquer tipo de produção, importação, venda e até distribuição de sacolas plásticas fosse proibido em todo o país. Com o objetivo de tornar o Marrocos uma nação ambientalmente consciente, a lei entrou em vigor no primeiro dia do mês de julho.

A partir de agora, os consumidores que frequentarem lojas e estabelecimentos comuns poderão adquirir as, já populares, sacolas reutilizáveis. Um dos principais motivos que levou as autoridades marroquinas a tomarem a nova medida é o fato de o país africano ser o 2º maior consumidor de saco plástico do planeta, somente atrás dos Estados Unidos.

Vale lembrar que, em 2009, o Marrocos chegou a regulamentar uma lei de proibição da produção e utilização dos sacos plásticos pretos, muito comuns em espaços públicos. Na ocasião, o resultado foi considerado parcialmente atingido, já que a produção ilegal do produto continuou a acontecer em grande escala.

Para os ativistas ambientais, porém, o problema com as sacolinhas plásticas pode ainda demorar anos para ser completamente resolvido no país. Isto porque o uso do material se tornou um hábito popular já há muito tempo, quase que uma “herança cultural” que precisará de muita paciência até que os consumidores deixem de utilizá-las.

Para promoção de novos costumes sustentáveis por parte da população, campanhas e ações publicitárias têm sido lançadas nas últimas semanas, com foco no tempo de decomposição do material – que pode demorar até centenas de anos até se degradar por completo.

Mesmo longe do ideal, o Marrocos tem se destacado fortemente em seus esforços ambientais. Prova disso é que o país se tornou líder verde entre as nações em desenvolvimento, fazendo com que a cidade de Marraquexe seja a sede de uma conferência sobre mudança climática global em novembro de 2016.

O projeto tem tudo para ser revolucionário na história dos marroquinos, já que, por ano, cada cidadão utiliza cerca de 900 sacolas plásticas. A ideia é que a nação venha a se tornar uma grande referência no assunto e, para isso, tem trabalhado bastante para transformar sua imagem negativa construída até aqui.