Istockphotos/madis24 O casal Karen e Karl Upston, donos de um negócio de venda de fraldas na Nova Zelândia, começaram a estudar uma maneira ambientalmente adequada para o descarte do resíduo.

Todos os dias nos deparamos com notícias desanimadoras sobre o número de resíduos encontrados nos lixões ou aterros sanitários. Apesar das iniciativas e soluções oferecidas por empresas, governos ou sociedade em geral, o descarte e uso de alguns produtos têm se tornado cada vez maiores e, em alguns casos, não podemos simplesmente riscá-los das nossas vidas.

É o caso dos produtos de higiene absorventes, que tem aumentando em todo o mundo. Fraldas ou absorventes femininos são itens indispensáveis no dia a dia da maior parte da população. Infelizmente, a sua utilização traz consigo o aumento de resíduos de tais produtos, que demoram séculos para se decompor.

Pensando em uma maneira de reverter a situação e dar um destino melhor a esses materiais, o casal Karen e Karl Upston, donos de um negócio de venda de fraldas na Nova Zelândia e pais de dois filhos, começaram a estudar uma maneira ambientalmente adequada para o descarte desse resíduo.

Os primeiros passos do projeto sustentável

Em 2007, eles decidiram tentar compostar fraldas descartáveis em escala comercial. O primeiro experimento durou cinco meses e envolveu mais de 200 famílias, seis pré-escolas, a maternidade local, uma residência de idosos e uma IHC (local que trata pessoas com deficiência intelectual). Ao todo, aproximadamente 250 mil fraldas foram compostadas e mais de 56 toneladas de resíduos não foram destinados aos aterros sanitários.

O casal construiu, então, instalações de compostagem comercial. A primeira central começou a operar em North Canterbury, Nova Zelândia, em 2009. A iniciativa levou à criação da empresa neozelandesa Envirocomp. Hoje a empresa composta fraldas descartáveis, produtos de higiene e incontinência de qualquer marca.

Fraldas viram adubo para jardins

O processo transforma lixo orgânico em adubo por meio do processo de decomposição da matéria orgânica na presença de oxigênio. Em usinas, o resíduo orgânico é compostado em larga escala, onde há uma aceleração do processo de decomposição através do controle do pH e da taxa de umidade.

Segundo a empresa, a duração e a temperatura do processo de compostagem asseguram que agentes patogênicos, que são capazes de produzir doenças, sejam eliminados, e que o processo de compostagem seja completo. O composto final é testado pelo controle de qualidade da empresa antes de ser liberado para uso. A sua principal utilização é como adubo para a agricultura não alimentar e jardins.