Empresa verde
Foto: Philippe Put

A busca pelo equilíbrio do meio ambiente e a redução do impacto das tecnologias na natureza não é só interesse do governo e das organizações não governamentais. A cada ano cresce o número de instituições privadas com trabalhos voltados à sustentabilidade e o ISE Bovespa é responsável por elencá-las.

O Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE Bovespa) é uma ferramenta que mede a atuação corporativa das empresas no campo da sustentabilidade e como as práticas sustentáveis estabelecidas pelas instituições interagem com a economia e recursos naturais. Para medir o desempenho destas companhias, a Bovespa colocou à disposição de 182 empresas, convidadas por deterem as 200 ações de maior liquidez da bolsa, mil perguntas sobre seis dimensões para classificá-las nas 40 vagas da oitava carteira do ISE Bovespa 2013.

Criado há sete anos no Brasil, o Índice de Sustentabilidade Empresarial da Bovespa, núcleo de estudos econômicos da Bolsa de Valores de São Paulo, busca, por meio destes questionários, avaliar as empresas, baseando-se em indicadores que mensuram o Desenvolvimento Sustentável delas. O questionário de mais de mil perguntas abrange dentre as seis dimensões (geral, natureza do produto, governança corporativa, econômico-financeira, ambiental e social), três principais: responsabilidade econômica, social, ambiental.

Além de responderem o questionário, as empresas terão de prestar contas pelas notícias divulgadas na imprensa. As 37 empresas brasileiras classificadas que compõem a carteira do ISE Bovespa de 2013, dentre elas WEG (produção de máquinas, motores e compressores) e Telefônica terão notícias monitoradas por uma agência de comunicação.

O índice é a consequência do reconhecimento do mercado que os recursos naturais são a base dos recursos econômicos e que o papel da Bolsa é oferecer ferramentas para que os investidores possam conhecê-las”, Diretora de Sustentabilidade da Bovespa, Sônia Favaretto.

Na prática, assim como o que já é realizado pelo Índice de Sustentabilidade Dow Jones, a imprensa ajudará o conselho do ISE a monitorar se as respostas das empresas ao questionário têm relação com a realidade das companhias e se há veracidade delas na relação com o público.

A diretora de sustentabilidade da Bovespa, Sônia Favaretto, conta que a criação da metodologia geral do ISE foi um convite de um banco que percebeu a tendência mundial do tema. “O índice é a consequência do reconhecimento do mercado que os recursos naturais são a base dos recursos econômicos e que o papel da Bolsa é oferecer ferramentas para que os investidores possam conhecê-las”, comenta a diretora.

Parceria com a Fundação Getúlio Vargas

A parceria com o Centro de Estudos de Sustentabilidade da Fundação Getúlio Vargas tornou possível, em 2013, o convite das 182 empresas detentoras das 200 ações do banco paulista. Das 37 empresas eleitas, apenas duas não autorizaram a publicação dos resultados referentes à sustentabilidade empresarial.

Dentre as carteiras do ISE, a oitava reúne 51 ações de 37 empresas que representam 16 setores e somam R$ 1,7 trilhão em valor de mercado, equivalente a 44,81% do total do valor das companhias com ações negociadas na BM&FBovespa, em novembro de 2012.