Politereftalato de etileno, mais conhecido como PET, é um tipo de plástico bastante utilizado na fabricação de embalagens de garrafas, principalmente de refrigerantes, e de alguns tipos de tecidos.

Garrafa PET
Foto: stevendepolo

Do ponto de vista químico, o PET é um polímero termoplástico que foi desenvolvido por dois químicos britânicos, John Rex Whinfield e James Tennant Dickson, em 1941 nos EUA. Eles o formaram através da reação entre o ácido tereftálico e o etileno glicol, originando uma resina praticamente insolúvel em água e de aspecto transparente ou cristalino levemente verde.

A fabricação de garrafas PET só foi iniciada na década de 1970, se tornando internacionalmente popular apenas nos anos 90. O material possui propriedades interessantes, sendo resistente, leve, maleável e reciclável.

Suas moléculas são congeladas para dar o formato final e, quando aquecidas, elas começam a se mexer novamente podendo tomar outra forma através de um aquecimento condicionado a seco.

Reciclagem de garrafa PET
Fonte: stevendepolo

Se forem descartadas incorretamente na natureza, as embalagens feitas de PET têm um processo de decomposição considerado longo e prejudicial ao ambiente, podendo permanecer no local entre 400 e 750 anos. O resíduo pode ser reciclado pelo processo de termo reação ou a quente em que, à determinada temperatura, o polímero fica líquido, podendo então ser moldado, comprimido em outras formas e sofrer ruptura.

A relação entre o peso de uma garrafa de dois litros (cerca de 54 g) e o seu conteúdo é uma das mais favoráveis existentes. Ou seja, é necessário pouco material para armazenar uma grande quantidade de produto, diferentemente, por exemplo, de uma garrafa de vidro (muito mais pesada) onde é necessária a utilização de mais matéria-prima para armazenar a mesma quantidade de produto. Com esse custo-benefício, sua produção e sua reciclagem são interessantes e tornam-se rentáveis.

O PET não deve ser queimado pelos consumidores, pois além de ser perigosamente inflamável, libera toxinas e gases como monóxido e dióxido de carbono, acetaldeído, benzoato de vinila e ácido benzoico. Por isso a melhor forma de descarte do material é através da coleta seletiva que irá encaminhar o material para a reciclagem.

Atualmente, a produção anual desse termoplástico chega a 7 milhões de toneladas em todo o mundo. Estima-se que em média, apenas metade desse material seja corretamente reciclada. O Brasil é um dos líderes em reciclagem de garrafas PET convertendo 57% das 515 mil toneladas de embalagens adquiridas só no ano de 2011 por consumidores em mercados, lojas de conveniência, estabelecimentos comerciais, bares e restaurantes.