Moto Power H²O Para fazer a adaptação, o brasileiro cruzou seus conhecimentos de mecânica com os estudos do filho.

Acabar com o uso de combustíveis fósseis é, sem dúvidas, um dos maiores objetivos dos governantes para um futuro mais sustentável. Ao mesmo tempo, a preocupação em criar novas formas de reaproveitamento de água é também uma grande prioridade para o bem do planeta. Para Ricardo Azevedo, de 56 anos, as duas questões podem ser resolvidas com uma tacada só.

O funcionário público, morador da cidade de Itu (SP), tem tentado já há seis meses encontrar uma fórmula que solucione este enigma. Dono de uma Honda NX 200, ano 1993, Ricardo teve a brilhante ideia de adaptar a motocicleta que, até a experiência, era abastecida com gasolina, e usada como transporte para o trabalho, para então passar a funcionar à base de água poluída. E o resultado da engenhoca foi um sucesso.

De acordo com o inventor, a criação do projeto “Moto Power H²O” ganhou vida quando ele decidiu cruzar suas habilidades na área mecânica com os estudos do filho, contando com a ajuda de alguns conhecidos para seguir em frente com a experiência. Investindo cerca de R$ 6 mil reais, o primeiro protótipo pôde ser concluído e foi circular pelas ruas.

Para adaptar a motocicleta, Ricardo conta que precisou apenas de alguns tubos de PVC, mangueiras de plástico, uma bateria automotiva e um reservatório de água (o mesmo usado em automóveis). Com todas estas “ferramentas” em mãos, foi a vez de botar em prática o processo de eletrólise (comum para os químicos), para quebrar as moléculas de água e fazer a combustão do hidrogênio para a Moto Power H²O funcionar.

Para se ter uma ideia da efetividade do projeto, Ricardo afirma que com apenas um litro de água poluída a moto foi capaz de rodar 500 quilômetros, o suficiente para ir de São Paulo (capital) até Itu e voltar mais de duas vezes.

O projeto tem chamado a atenção de muita gente, especialmente no mundo da química, provocando até a desconfiança de alguns pesquisadores sobre a efetividade do método. Inclusive, o inventor disse em entrevista para o G1 que recebeu o contato de alguns investidores interessados em levar a iniciativa adiante.

Já pensou se a ideia dá certo para cidades como São Paulo e Rio de Janeiro (Rio Tietê, Baía de Guanabara etc.)?

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