Stockphoto.com / Taborsk Pelo estudo, 23% das mortes prematuras em todo o planeta são causadas por fatores ambientais.

Nesta última semana, dia 19, o programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) anunciou dados preocupantes sobre o número de mortes associadas à degradação ambiental. O novo relatório criado aponta um crescimento significativo de problemas de saúde entre as principais causas de óbito.

Em parceria com a OMS (Organização Mundial da Saúde), a agência da ONU pode levantar uma série de estatísticas que detalham o aumento nas contaminações e infecções dos indivíduos por diversos fatores ambientais. “Todos os anos, quase 7 milhões de pessoas morrem, porque são expostas à poluição em ambientes internos e externos, envolvendo desde a produção de energia, a utilização de fornos, o transporte, fornalhas industriais até queimadas e outras causas”, disse o diretor executivo do PNUMA, Achim Steiner, na divulgação oficial.

Entre os principais números levantados, destaca-se a morte de aproximadamente mil crianças por dia contaminadas pela água (responsável por transmitir doenças), sem falar que 23% das mortes prematuras que acontecem em todo o planeta são motivadas por fatores ambientais. Entre as crianças, a percentagem cresce para 36%.

Segundo o PNUMA, doenças como o zika e o ebola, que tiveram grandes surtos em 2014 e 2015 (respectivamente), e a malária, têm os seus riscos de agravação potencializados com o aumento na degradação da natureza. Vários tipos de câncer também foram citados durante a lista.

Inspirados pelo Protocolo de Montreal, de 1989, no qual os países signatários comprometeram-se a substituir as substâncias que reagiam com o ozônio (O3) na parte superior da estratosfera, a PNUMA espera conscientizar a população e valorizar as atividades de prevenção contra as doenças para os próximos anos.

No setor econômico, o lucro para o mercado da saúde é estimado em cerca de 1,8 trilhão de dólares até 2060. A eliminação do metal da composição da gasolina, que é outra iniciativa da agência para remoção dos chumbos nos combustíveis, poderá aumentar em até 4% o PIB (Produto Interno Bruto) global.

A expectativa é de que novas informações sejam divulgadas e debatidas no mês de maio, quando a PNUMA anunciará um novo relatório sobre o tema para discussão na Assembleia Ambiental das Nações Unidas.