Desmatamento
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Produzido pelo instituto de pesquisa Imazon, o estudo Desmatamento em Áreas Protegidas Reduzidas na Amazônia indicou que, entre 1995 e 2013, tanto o governo federal quanto as lideranças de estados como Rondônia, Mato Grosso e Pará retiraram a proteção de 2,5 milhões de hectares em Áreas Protegidas (AP). Conforme o levantamento, em 10 zonas avaliadas, cinco anos após a diminuição da proteção legal, o desmatamento cresceu em média 50% numa comparação aos cinco anos anteriores à perda de amparo.

Elaborado pelos pesquisadores Heron Martins, Elis Araújo, Mariana Vedoveto, Dyeden Monteiro e Paulo Barreto, o documento também considerou Unidades de Conservação (UC) e Terras Indígenas (TI) na Amazônia Legal. Desta forma, a análise registra que 5 milhões de hectares foram judicialmente desprotegidos até junho de 2010 e outros 8,6 milhões estavam na condição de alvo de projetos de leis e ações na Justiça.

Segundo a Imazon, as principais causas dos desflorestamentos são ocupação, em 74% das ocorrências, e a construção de estruturas hidrelétricas, representando 42% da devastação. Analisando o período entre 1995 e 2013, o estudo registrou uma degradação mediana de 87,3 mil hectares somente em 34 Áreas Protegidas, chegando a 2,5 milhões de hectares atingidos por danos ao somar as 38 localidades avaliadas.

Sendo assim, foi notado um crescimento no volume de desmatamento principalmente nas regiões de Baú, Xingu e Apyterewa, no Pará; Rio Ronuro e Araguaia, no Mato Grosso; e Bom Futuro, Rio Madeira A, Antônio Mugica Nava, Serra dos Três Irmãos, Jaci-Paraná, todos em Rondônia.

Após a realização dos exames, os pesquisadores afirmaram: “Concluímos que, de fato, o desmatamento aumenta após a perda de proteção legal das Áreas Protegidas”. Caso este destrutivo cenário se mantenha e os governos continuem cedendo às iniciativas que almejam as áreas verdes, “o Brasil perderá pelo menos 10 milhões de hectares de APs”, estima o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

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