© Depositphotos.com / Sandralise Aumento da quantidade de gases poluentes lançados na atmosfera pode ser um dos motivos.

No embalo do fenômeno El Niño e uma série de consequências causadas por eventos catastróficos ocorridos nos últimos tempos, 2016 foi o ano mais quente globalmente já registrado na história. Pelo menos é isso o que afirma os estudos divulgados na última semana pelo NOOA (uma organização que faz parte do Departamento de Comércio dos Estados Unidos) junto da Agência Espacial Norte-Americana (NASA).

Para “traduzir” as informações presentes no relatório, os pesquisadores explicam que o planeta está passando por um período com tendências de aquecimento a longo prazo, e que 2016 registrou o ápice dessa análise – que é feita desde 1880. Vale destacar que a maior parte do aquecimento global ocorreu nos últimos 35 anos, com 16 dos 17 anos mais quentes sendo registrados de 2001 para cá.

Como justificativa para os números preocupantes levantados em pesquisa, os cientistas apontam para o aumento expressivo nos dois últimos séculos de emissão de dióxido de carbono e outros gases poluentes produzidos e lançados na atmosfera. No período, inclusive, a temperatura média da superfície do planeta subiu cerca de 2°C desde o final do século XIX.

Entretanto, os meteorologistas alertam também para a atualização das práticas de medição, que mudam ao longo do tempo, e como essa informação pode interferir na interpretação de novos dados e previsões para o futuro. Ainda assim, a NASA estima com “95% de certeza” de que 2016 foi mesmo o ano mais quente da história.

A respeito dos fenômenos naturais, que aquecem ou refrigeram os oceanos e causam grandes variações nos padrões climáticos do planeta, os cientistas afirmam que podem gerar impactos a curto prazo na temperatura média global. Só o El Niño, por exemplo, que esteve em vigor ao longo de 2015 e no primeiro trimestre do ano passado, foi o responsável por aumentar a anomalia global anual de temperatura em 0,2°C para 2016.

Com isso, o Acordo de Paris e outras importantes decisões tomadas pelas autoridades globais têm papel fundamental no futuro do planeta Terra para os próximos anos, impedindo o agravamento ainda maior da caótica situação.