Fonte: Depositphotos Os bioindicadores ajudam na análise da qualidade dos ecossistemas aquáticos.

Insetos aquáticos são animais que vivem pelo menos um estágio do ciclo de vida em ambientes aquáticos. Eles podem ser larvas ou estarem em estado mais avançado neste ciclo. Para sobreviverem com a baixa presença de oxigênio que existe dentro das águas, esses insetos tiveram que se adaptar e desenvolveram diversos mecanismos para a respiração. Alguns possuem brânquias ou sifões e outros respiram por meio de pigmentos respiratórios ou cutículas cutâneas.

Por estarem no ambiente aquático, esses insetos são considerados bioindicadores. Bioindicadores são espécies, grupos de espécies ou comunidades biológicas cuja presença, quantidade e distribuição indicam a magnitude de impactos ambientais em um ecossistema aquático e sua bacia de drenagem. Eles, muitas vezes, são mais eficientes para o estudo da qualidade do ecossistema do que a investigação de outros fatores físicos e químicos da água como a temperatura, o PH e os minerais presentes.

Animais desse tipo podem ter uma maior ou menor resistência à poluição. Alguns são considerados sensíveis, só vivem em ambientes limpos e suas comunidades diminuem muito em ambientes não ideais; outros são considerados tolerantes e são encontrados em meio à poluição.

Esses animais precisam de condições específicas para que possam se desenvolver e é por isso que a presença deles em determinados ambientes aquáticos pode determinar se a qualidade da água é boa ou ruim e se existe poluição nesses locais ou não.

Alguns indicadores observados pelos cientistas são: quando há um grande número de Chironomidaes, Simulidaes e Hirudineas existe baixo teor de O2 e a qualidade da água é muito ruim, quando há pouca presença de ninfas de Plecoptera é porque o ambiente está com altas temperaturas, quando toda a diversidade está comprometida, é porque os índices de pesticidas poluentes da água estão muito altos.

Esses animais são importantes para os ecossistemas onde vivem e para oferecer informações aos estudiosos. Um ambiente aquático sem a presença de biodiversidade está fadado a morrer e representa verdadeiros riscos à população que se desenvolve ao redor dele.

Desmatamento, atividades mineradoras, desvio de cursos de rios, poluição por esgotos ou por agrotóxicos, essas e outras interferências humanas provocam a morte de toda uma biodiversidade e prejudicam o desenvolvimento ambiental. Até mesmo os pequenos animais da natureza, que muitas vezes não são sequer percebidos, são capazes de comunicar a urgência em se preservar o meio ambiente.