Fungo Phakopsora pachyrhizi
Foto: revistaplantar

A ferrugem da soja, ou ferrugem asiática, é causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi presente na maioria dos países asiáticos e na Austrália, chegou ao Brasil em meados dos anos 2000. É uma doença que é identificada primeiramente nas folhas da soja e traz danos ao meio ambiente.

O fungo é disseminado, principalmente pelo vento e sua sobrevivência depende de plantas vivas hospedeiras. Os principais indícios da ferrugem são observados nas folhas das partes baixas da planta.

Os primeiros sintomas são caracterizados por minúsculos pontos escuros no tecido da folha, com coloração esverdeada à cinza-esverdeada. Na face inferior podem ser observadas saliências que correspondem a estruturas de frutificação do fungo, as chamadas urédias.

Tal doença provoca a queda de folhas e a redução da produção de grãos de soja, com consequente impacto sobre a produtividade das lavouras. Ela está diretamente associada às condições climáticas. A infecção da planta é favorecida em temperaturas médias, abaixo de 30°C, e pelo molhamento foliar – abrange todas as formas de água líquida na superfície das folhas das plantas, com origem na formação de orvalho, na precipitação ou na irrigação – durante as chuvas e orvalhos.

Em setembro a Anvisa autorizou um novo fungicida para combater a ferrugem da soja. No entanto, de acordo com especialistas, a solicitação de novos registros de agrotóxicos revela que novamente está havendo resistência aos princípios ativos daqueles já existentes. Contudo, produtos para combater fungos e insetos nunca vão ter uma toxidade inofensiva.

O uso de agrotóxicos pode até resolver o problema em curto prazo, mas não resolve a longo, por conta da resistência aos produtos. Contudo, a necessidade de combinação de medidas, como rotação de culturas e o vazio sanitário, torna-se extremamente necessária para que o meio ambiente seja resguardado.

Soja
Foto: tayprincess

Dentre as medidas mais utilizadas está a rotação de culturas que consiste em alternar espécies vegetais numa mesma área agrícola com propósito comercial e de manutenção ou recuperação do meio ambiente. Outra bastante utilizada é o vazio sanitário, que traz benefícios como o menor custo de produção, aumento da produtividade, menor exposição do trabalhador rural a agentes químicos. Com a associação de ambas ou até mesmo a utilização de uma delas, faz com que o uso de agrotóxico seja reduzido e também menos produtos serão lançados no meio ambiente.