© Depositphotos.com / trans961 Plástico.

O descarte indevido de resíduos resulta em diversos problemas, tais como o entupimento de bueiros e a poluição de rios, lagoas e oceanos. No caso dos plásticos, no entanto, os impactos vão muito além, tendo início na extração de matérias-primas e no próprio processo de produção.

Essa relação negativa entre o uso do plástico e o meio ambiente vem aumentando e chamando a atenção de especialistas. Neste sentido, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) divulgou em junho um relatório que alerta sobre o perigo dos resíduos plásticos que afetam as correntes marítimas e formam ilhas flutuantes nos oceanos, que atrapalham a navegação, sujam as praias e matam os animais, que ingerem o material por o confundirem com alimento.

De acordo com o documento, intitulado “Valorando o Plástico”, os impactos ambientais causados pelo produto tem um custo de US$ 75 bilhões anuais. Deste total, cerca de 30% vem das emissões de gases do efeito estufa do setor e da poluição do ar causadas na fase de produção.

Os setores que mais causam impactos ao meio ambiente são as indústrias alimentícias, que representam 23% do total, seguidas das fabricantes de refrigerantes, com 12%. A pesquisa revela a necessidade de que essas empresas se conscientizem e tomem alguma medida para reduzir os prejuízos, bem como fazem com a pegada do carbono e hídrica.

Dessa forma, o relatório ainda traz algumas recomendações para essas empresas, a fim de garantir melhor eficiência nos processos. De acordo com a ONU, é possível economizar pelo menos US$ 4 bilhões ao ano, caso essas dicas sejam seguidas. Confira:

• Acompanhamento da produção, da destinação de seus materiais plásticos e embalagens, com a produção de inventários e documentos de acesso público;

• Adoção de metas para reduzir os impactos ambientais do plástico;

• Inovação de suas cadeias produtivas, para que o plástico seja produzido com menos energia e resíduos;

• Colaboração com governos no desenvolvimento de legislações que ajudem a reduzir o descarte indevido dos plásticos;

• Fornecimento de informações corretas para órgãos de controle, para que sejam conhecidos os impactos reais dos plásticos ao planeta;

• Investimento em novas tecnologias, como materiais biodegradáveis.