Irara
Foto: bolirojasvargas

Com apenas 51 mil km² de extensão, a Costa Rica possui 0,03% do território da superfície terrestre, no entanto, representa 4% da biodiversidade do planeta. Portanto, sabendo da importância do país frente à conservação do meio ambiente, o Ministério do Meio Ambiente (MINAE) local resolveu que manterá os animais de seus zoológicos em cativeiro.

Criadora da Lei de Biodiversidade, em 1998, considerada pioneira no mundo, a nação costa-riquenha já foi laureada pela sua iniciativa em 2009 e 2010, pelo primeiro lugar no índice Felicidade do Planeta e com o Prêmio Políticas do Futuro, respectivamente. Como sequência do programa de preservação da natureza, o Parque Zoológico Simón Bolívar será transformado em um jardim botânico e o Centro de Conservação passará a ser um parque natural urbano.

Atração para cerca de 150 mil pessoas anualmente, o Zoológico Simón Bolívar abriga 400 tipos de animais, entre onças, macacos, tucanos, guaxinins, veados e antas, tendo apenas um leão e alguns pavões-reais como espécimes estrangeiras. Entretanto, após as reformas de adaptação, é quase certo que extensões dos locais sejam reduzidas, visando proporcionar melhor integração entre os elementos da fauna e flora do país.

Macaco-aranha
Foto: sebastianp_com

Porém, a diminuição dos ambientes acarretará na realocação de alguns bichos, ação que gera polêmica entre o governo do país e a administração do Simón Bolívar, pois não se sabe exatamente quais condições de vida serão impostas aos animais, acostumados ao cativeiro, em seu novo lar. Segundo o MINAE, o projeto não pretende acabar com todos os zoológicos do país, afirmando que os particulares continuarão funcionando normalmente.

Abrir as jaulas e soltar os bichos com planejamento e motivação corretos pode promover a preservação destes animais, principalmente na Costa Rica, que é o habitat de aproximadamente 800 espécies endêmicas, aquelas que não são encontradas em nenhuma outra parte do mundo, algo primordial para evitar que extinções aconteçam.