Chumbo
Foto: segurancasaude

Diariamente estamos expostos a substâncias químicas e muitas vezes nem percebemos. Já no início do século 20, algumas delas foram identificadas como tóxicas ao sistema endócrino humano, como o fósforo que está associado às doenças da glândula tireoide. Benzeno, chumbo e cádmio foram ligados a doenças endocrinológicas nas décadas de 1920 e 1930.

São diversas as substâncias tóxicas que têm efeitos sobre a saúde humana. O alumínio, por exemplo, causa alterações no hipotálamo e na hipófise, a alta exposição a esse elemento pode levar à degeneração de células dessas glândulas.

Intoxicações crônicas de cádmio estão ligadas a alterações no metabolismo do cálcio, causando problemas ósseos e cálculos renais. Já o cobre é nocivo para a glândula adrenal (que se encontra acima dos rins e é responsável por liberar hormônios) e para o cérebro e o fígado, órgãos nos quais os sintomas são inicialmente decorrentes. Já a intoxicação aguda por selênio está relacionada à queda de cabelo, unhas fracas, dermatite, lesão do sistema nervoso central, redução do crescimento e disfunção sexual.

Outra substância bastante tóxica é um metal encontrado abundantemente na natureza: o chumbo. Antes de falar de sua toxicidade é importante entender o que é chumbo, um metal obtido principalmente a partir da galena (sulfato de chumbo – PbS), possui cor azul-acinzentado e se funde a 327°C. Quando é aquecido acima de 550 e 560°C emite vapores muito tóxicos que, em contato com o ar, transformam-se em óxido de chumbo.

Entre outras doenças causadas pelo chumbo estão: anorexia, gastrite, cefaleias agudas e distúrbios mentais gerais. Além disso, a alta exposição a esse metal pode afetar o metabolismo do osso no período da menopausa na mulher, contribuindo para o desenvolvimento da osteoporose. Ele também é responsável por irregularidades menstruais e nos ciclos de ovulação, bem como por disfunções reprodutivas, em homens e mulheres, como a redução dos níveis de testosterona e baixa concentração do esperma.

As principais vias de penetração desse metal no organismo são por meio da inalação e da ingestão. Escapamentos de automóveis, exposição direta na pele de gasolina, alguns cosméticos, alimentos contaminados com inseticidas, fertilizantes, poluição atmosférica, água poluída, vasilhas de cerâmica vitrificada, locais de estocagem de chumbo, soldas contendo chumbo e atum enlatado são alguns dos protagonistas desse processo.

Além disso, existem outras vias de contaminação de substâncias tóxicas que acontece quando produtos eletrônicos são indevidamente descartados no meio ambiente. Equipamentos como computadores, celulares e videogames possuem substâncias químicas em sua composição como chumbo, cádmio, mercúrio e berílio e quando descartados em locais inadequados podem provocar contaminação do solo e da água.

Lixo eletrônico
Foto: lojapapasiri

Para não contaminar nem poluir o meio ambiente, o correto é fazer o descarte de lixo eletrônico em locais apropriados como empresas e cooperativas que atuam na área de reciclagem. Celulares e baterias podem ser entregues nas empresas de telefonia celular, pois elas fazem o descarte devido desses resíduos de forma a não provocar danos ao meio ambiente. Outra opção é doar equipamentos em boas condições, mas que não estão mais em uso, para entidades sociais que atuam na área de inclusão digital. Além de não contaminar o meio ambiente, o ato ajudará pessoas que precisam.