istock.com / hanohiki A poluição radioativa vem crescendo devido a liberação em excesso por vários procedimentos industriais, ações humanas e vazamentos.

O planeta Terra possui uma quantidade natural de radioatividade que vem da liberação de radiação de elementos químicos presentes na natureza, como o rádio e o urânio. Porém, este índice de radiação não é suficiente para uma contaminação, já que os elementos liberados vão se transformando em átomos não radioativos como ocorre na produção de chumbo.

Ao fim da Segunda Guerra Mundial, o mundo conheceu armas atômicas que causaram grandes explosões e, consequentemente, geraram uma quantidade enorme de lixo radioativo. Outra vertente de elementos radioativos está na criação de energia elétrica, com a crescente fabricação de usinas nucleares. As consequências desses dois tipos de ação é a poluição radioativa, que afeta o meio ambiente de maneira irremediável.

O que é a poluição radioativa?

Considerada o tipo de poluição mais perigoso, apesar de existir naturalmente no meio ambiente, a poluição radioativa vem sendo liberada em excesso por vários procedimentos industriais, ações do homem e vazamentos. O contato direto ou indireto com a radiação pode causar mutações de várias características e intensidades, sendo que uma delas é o câncer.

O homem ainda não encontrou uma forma efetiva de descontaminar uma área afetada pela radioatividade, que é apenas isolada do contato humano. Como os átomos radioativos têm uma durabilidade muito mais longa que a maioria, o risco pode durar milhares de anos. Também não há um método de limpeza da poluição apresentada.

A radioatividade está presente em vários setores, como a medicina — por meio de exames radiográficos, radioterapia e esterilização — produção agrícola para eliminar insetos, fabricação de armas como as bombas nucleares e até mesmo na geração de energia elétrica nuclear.

A contaminação por radiação pode ser feita de forma interna, por meio da ingestão de algum item contaminado por radioatividade, ou externa — com o contato com a radiação ambiental e a poluição. Ao contrário do que se imagina, a poluição radioativa não acontece só por usinas nucleares, mas pode estar em agentes bacteriológicos como adubos, embalagens, no próprio ar e em esgotos não tratados adequadamente.

Agentes químicos como detergentes não biodegradáveis e inseticidas também apresentam alto risco de contaminação. Os agentes físicos radioativos se materializam na erosão do solo, que vazam gases e elementos químicos radioativos. Uma das formas de poluição mais comum nas usinas nucleares é da água: usada na refrigeração de reatores, ela é devolvida ao ambiente com uma pequena, mas significativa taxa de radioatividades.

Como diminuir as consequências da poluição radioativa

A poluição radioativa possui três tipos de lixo atômico:

  • Resíduo de alto nível (HLW): combustíveis dos núcleos de reatores nucleares;
  • Resíduo de nível intermediário (ILW): latas de combustível metálicas que continham o urânio;
  • Resíduo de nível baixo (LLW): são as roupas de proteção e equipamentos.

A primeira ação para diminuir os efeitos da radiação no meio ambiente é isolar o lixo em recipientes totalmente resistentes e capazes de manter sua integridade por um longo tempo, independentemente do local onde esteja armazenado.

É muito comum enterrar esses recipientes em formações geográficas, mas o método não é seguro e não é suficiente para realmente resolver a questão. Para muitos cientistas, os riscos e as consequências da energia nuclear não compensam seu uso, que é muito caro para montagem e manutenção. Mas, para outra parte da ciência, a energia nuclear é fundamental para países que não produzem energia suficiente pelas outras fontes.