Medidor de Energia Inteligente
Medidor de Energia Inteligente. Foto: geblogs

As chamadas smart grids são redes inteligentes de energia elétrica que caracterizam-se principalmente pela presença de medidores digitais inteligentes em substituição aos medidores eletromecânicos de consumo. O impacto desta pequena mudança é enorme, já que as informações que antes eram recolhidas apenas uma vez por mês por leituristas especializados, passam a ser verificáveis de forma perene para a empresa de energia responsável pela localidade.

Para que possam ser eficientes, os medidores digitais necessitam estar ligados a uma série de outros aparelhos, uma rede elétrica automatizada e a um sistema robusto de transmissão de dados. Através deste conjunto estrutural trona-se possível monitorar o consumo de cada cliente em tempo real.

Além da leitura do consumo, as empresas têm como verificar em tempo real possíveis falhas no sistema, corrigindo-as antes mesmo de se tornarem perceptíveis aos usuários. E também acabam por otimizar o uso energético, evitando o desperdício decorrente de falhas nas estruturas mais antigas. As empresas de energia podem ainda perceber se houve algum desvio estranho de consumo (um grande aumento, por exemplo) em alguns casos sinal de irregularidades como as ligações clandestinas.

Já existem concessionárias de energia utilizando as smart grids no Brasil. Em Minas Gerais, a Cemig (Companhia Energética de Minas Gerais) instalará, até abril de 2014, 8.000 equipamentos na região de Sete Lagoas, município vizinho a Belo Horizonte. Atualmente 3.200 medidores já estão em operação.

Em São Paulo, a AES Eletropaulo, maior concessionária do país em ganhos financeiros e em distribuição de energia elétrica, deverá munir todos os 60.000 clientes de Barueri, cidade vizinha à capital paulista, com medidores inteligentes até 2015. A escolha da concessionária visa principalmente diminuir as perdas com ligações ilícitas e adulterações de relógios medidores. A empresa estima que a energia que hoje perde com atitudes ilícitas de desvio e adulteração seria suficiente para abastecer por dez meses o município de Santo André, na Grande São Paulo.

Rede elétrica
Rede de Energia Elétrica. Foto: Caio Coronel/Ag. Itaipu