iStockphoto.com / Elenathewise Ao todo, foram 1074 adesões ao sistema de energia solar.

Limpa e renovável, a energia solar garante inúmeros benefícios para todo mundo. Por um lado há redução nos valores pagos mensalmente para quem tem painéis solares em sua residência ou empresa, e por outro, toda a sociedade é beneficiada por uma fonte de energia limpa e que não agride o meio ambiente. A captação da luz solar é uma alternativa ecologicamente correta e que a cada ano cresce na preferência das pessoas em vários países, inclusive no Brasil.

Por aqui, no mês de outubro, a fonte mais utilizada pelos consumidores foi a energia solar. Ao todo, foram 1074 adesões contra 30 instalações de energia eólica em todo o país. Dividindo por estados, Minas Gerais aparece na primeira posição com 213 novas conexões e o Rio de Janeiro com 110. Fechando o “pódio” de adesões de sistemas de energia solar, o Rio Grande do Sul computou 109 instalações no mês de outubro.

Interessante notar que este avanço tem relação com a Resolução Normativa nº 482/2012, que estabelece as condições gerais que autoriza o consumidor local a instalar pequenos geradores em suas residências, assim como também permite a troca de energia com a distribuidora local. O funcionamento é bem simples: o que for gerado de energia elétrica através do sistema de captação da luz solar, e não for utilizado na residência, voltará para a distribuidora local e o consumidor terá créditos em uma futura cobrança ao longo de 36 meses.

Benefícios para o consumidor

“Há quatro anos, quando instalei o aquecimento solar em casa, eu já sabia que existia a geração de energia fotovoltaica, mas achava o custo muito elevado, inacessível. Agora, com a crise de energia, resolvi procurar mais informações a respeito, e foi por meio da internet que busquei todos os dados necessários para instalação das placas para geração de energia solar”, afirmou José Luiz Rocha de Belo Horizonte, consumidor mineiro., em entrevista ao site da ANEEL.

Segundo José Luiz, a motivação principal para adesão do modelo de geração distribuída foi a crise energética que o país enfrenta. “O governo passou a usar as termelétricas para geração de energia, aumentando os custos para o consumidor final e também a poluição. Isso me fez procurar a energia fotovoltaica para baixar meu próprio custo e também contribuir minimamente com a redução do uso de energia pela concessionária, além, é claro, de ser uma energia considerada limpa”, complementa Rocha.

Além da questão ambiental, a novidade também fez bem para o bolso de José Luiz. “A minha conta de luz caiu de R$ 400 para R$ 80, cerca de 80% de economia. Além disso, o sistema tem uma previsão de cobrir os custos de instalação em até oito anos, sendo a vida útil de cerca de 30 anos. Então o sistema vai se pagar e gerar uma economia real”, concluiu José Luiz Rocha.

Sobre a Resolução Normativa nº 482/2012

A principal medida determinada com a Resolução Normativa nº 482/2012 é aumentar ainda mais a adesão dos consumidores. Para tal, a resolução passará por revisão do regulamento para que ocorra maior redução de barreiras para conexão de micro e minigeradores junto às redes distribuidoras de energia, maior compatibilização das regras da compensação de energia, aperfeiçoamento da regra geral e aumento do público-alvo.