Reprodução A ATTO permitirá o monitoramento das interações entre floresta e atmosfera nas próximas três décadas.

Uma torre com 325 metros de altura está sendo construída no coração da Amazônia para a observação e realização de pesquisas. A torre ATTO (sigla traduzida do inglês que significa Observatório de Torre Alta da Amazônia) será erguida na Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Uatumã, e deve entrar em operação até o segundo semestre de 2015.

Ela irá coletar dados sobre a quantidade de dióxido de carbono processada pela floresta e realizar uma medição precisa de quanto de C02 essas florestas respiram. O objetivo é monitorar as interações entre atmosfera e floresta – trocas gasosas, reações químicas, umidade, etc – para avaliar o impacto das mudanças climáticas na região.

Torre utilizada nas pesquisas na Amazônia. O novo observatório será parecido e terá 325 metros de altura.

O observatório é resultado de uma parceria do Instituto Nacional de Pesquisas na Amazônia (INPA) e o Instituto Max Planck, da Alemanha, e será o mais completo do tipo em todo o mundo. O projeto teve investimento inicial de R$ 20 milhões, sendo a maior parte do dinheiro usada para construir uma infraestrutura local a fim de viabilizar o empreendimento.

“Tivemos que vencer uma logística impressionante, pois tivemos que trazer as peças da torre por estrada e por rio até a Reserva do Uatumã. Fora isso, tivemos também as dificuldades de transporte dentro da reserva, pois a estrada estava intrafegável por conta da chuva”, conta Sérgio Alves do Nascimento, representante da San Engenharia, empresa responsável pela obra.

A torre será equipada com aparelhos de ponta que ficarão em funcionamento ininterrupto por três décadas. O controle será feito de forma remota e as informações serão registradas no banco de dados da própria torre.