iStock.com / sergeyryzhov Rede de supermercados criou um sistema de monitoramento e gestão de riscos de carne bovina.

A rede multinacional Walmart veio a público anunciar seu compromisso com a política de desmatamento zero, que prevê o impedimento na entrada de produtos oriundos ilegalmente da Amazônia. A empresa estadunidense apresentou em conjunto seu plano de comunicações, visando informar e conscientizar os clientes a respeito da origem dos seus produtos.

O Walmart confirmou a criação de um sistema de monitoramento e gestão de riscos de carne bovina, desenvolvido com o objetivo de garantir o cumprimento da nova política também para os seus fornecedores (como é o caso das fazendas de gado da Amazônia, por exemplo).

“A ferramenta integra dados de georreferenciamento que mapeiam desmatamento, terras indígenas e unidades de conservação com informações de listas públicas sobre áreas embargadas e trabalho escravo”, diz a empresa em nota oficial divulgada em seu site.

Importante destacar que o posicionamento da loja foi anunciado após pressão do Greenpeace e de seus consumidores, que tomou grandes proporções com a campanha “Carne ao Molho Madeira”, lançada no fim do último ano. A expectativa da rede é entregar ao consumidor a garantia de origem de toda carne até 2017.

A nova política do Walmart exigirá também que fornecedores não localizados na região da Amazônia deverão também se adequar aos novos padrões, que atendem aos formatos estabelecidos pelo Desmatamento Zero e o demais critérios do Compromisso Público da Pecuária.

Com a notícia, o setor pecuário é o que tem mais a se beneficiar, já que continua sendo a atividade que mais desmata a floresta e ocupa cerca de 60% das áreas abertas na Amazônia, de acordo com o governo federal. A expectativa é para que as outras redes do setor, que ainda não estão aptas aos novos moldes, sigam os passos do Walmart.