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Destinada às escolas do Ensino Fundamental de todo o país – das redes públicas e privadas, das áreas urbanas e rurais, bem como comunidades indígenas e quilombolas –, a Conferência Nacional Infanto-juvenil pelo Meio Ambiente visa a promoção de um futuro mais sustentável, por meio de diálogos e encontros voltados ao fortalecimento da cidadania ambiental.

A conferência parte do princípio de que o processo educativo é capaz de gerar novas habilidades, atitudes e comportamentos que permitem que o indivíduo tenha outra visão dos processos e se relacionem a partir de outros referenciais.

A quarta edição, realizada em 2013, trabalhou o tema “Vamos Cuidar do Brasil com Escolas Sustentáveis” e propôs que as escolas desenvolvessem os seus projetos de sustentabilidade a partir de três dimensões:

• a dimensão do espaço físico, que refere-se a adequação dos espaços físicos das escolas aos padrões de ecoeficiência;

• a dimensão da gestão, que diz respeito a adoção de processos participativos na gestão escolar;

• a dimensão do currículo, que significa a inclusão da pauta socioambiental na proposta político-pedagógica das escolas.

Além desses parâmetros, as escolas deveriam considerar outras situações, mais pertinentes às suas condições, uma espécie de leitura das suas respectivas comunidades sobre os caminhos, as possibilidades, as perspectivas e os limites na concepção e implementação dos projetos.

Resultados

De acordo com o Coordenador Geral de Educação Ambiental do Ministério da Educação (CGEA – MEC), José Vicente de Freitas, a quarta edição da conferência foi a mais eficaz, já que contou com a participação de quase vinte mil escolas.

Para analisar os resultados e chegar à essa conclusão, um dos critérios analisados foi a constituição da Comissão de Meio Ambiente e Qualidade de Vida (Com-Vida), colegiado formado por alunos, profissionais da educação e comunidade do entorno. O órgão é responsável pela mobilização da sociedade e pela construção coletiva de respostas para o enfrentamento dos problemas socioambientais existentes na escola e no lugar onde ela está inserida.

Por meio da atuação dessas comissões, o MEC acompanhou a participação ativa da comunidade em todo território nacional. Os relatórios elaborados pelos Estados, bem como os vídeos e fotografias, deram a dimensão da participação da comunidade nesse processo.

Além da iniciativa da conferência, o MEC conta com algumas propostas pedagógicas que estão sendo viabilizadas por meio de leis e iniciativas. Dentre elas, estão as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Ambiental – DCNEA, um documento que indica as premissas e parâmetros para o trabalho em torno do tema.

© Depositphotos.com / Ivankmit Educação ambiental.

Além disso, o repasse de recursos para as escolas a fim de auxiliar na implementação dos seus projetos de “Escolas Sustentáveis”, por meio do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE), também chama a atenção.

Para participar, as escolas devem se cadastrar no período de vigência da chamada pública e apresentaram os seus projetos de intervenção. Neste ano, as escolas que se envolveram na conferência já estão automaticamente aptas a captar o recurso.

 

Fonte: Luciana Ribeiro / Portal do Meio Ambiente