Rio Tietê
Foto: Stankuns

A interferência humana na natureza já causou muitos impactos ambientais, alguns permanentes, como a diminuição da biodiversidade, mas a maioria pode ser suavizada, se não, revertida.

Dentre os impactos mais recorrentes estão a erosão, a inversão térmica, as ilhas de calor, as chuvas ácidas, as mudanças climáticas e a contaminação dos rios e oceanos. Isso sem contar os desastres esporádicos que acontecem devido à expansão urbana, como os deslizamentos de terra e as enchentes.

Na prática, para diminuir os impactos ambientais, é preciso reflorestar as áreas desmatadas, despoluir os rios e córregos, usar conscientemente os recursos naturais e evitar qualquer tipo de poluição.

Porém, para que essas ações sejam efetivas, é necessário a criação e o cumprimento de leis que garantam a preservação do meio ambiente, bem como conscientizar as gerações futuras e aplicar o desenvolvimento sustentável em todos os aspectos sociais, econômicos, políticos e culturais.

Com tanta discussão acerca da situação ambiental, você já se perguntou se suas atitudes causam impactos positivos ou negativos no meio ambiente? Agora, com a Pegada Ecológica, já é possível saber em qual medida cada um de nós interfere na natureza.

O que é a Pegada Ecológica?

A Pegada é um método de contabilidade ambiental, expressada em hectares globais (gha) que estuda e avalia a pressão do consumo das populações humanas sobre os recursos naturais. Ela permite comparar diferentes padrões de consumo e verificar se estão dentro da capacidade ecológica do planeta.

Os cálculos contabilizam os recursos naturais biológicos renováveis (grãos e vegetais, carne, peixes, etc.), segmentados em agricultura, pastagens, florestas, pesca, área construída e energia, e absorção de dióxido de carbono (CO²).

Pegada Ecológica
Foto: ielesvinyes

Dessa forma, podemos saber o quanto da capacidade bioprodutiva da biosfera pode ser utilizada no cotidiano. Para servir de exemplo, um estudo realizado pela WWF Brasil, apontou que a Pegada Ecológica do estado de São Paulo é, em média, de 3,52 gha por pessoa. Já na capital, cada indivíduo consome cerca de 4,38 gha.

Se todas as pessoas do planeta consumissem da mesma forma que os paulistas, precisaríamos de quase dois planetas para sustentá-las e, se vivessem como os paulistanos, seriam necessários quase 2,5 planetas.

Isso mostra o quanto os pequenos hábitos das pessoas somados se transformam em um grande impacto no meio ambiente. Talvez seja a hora de reconhecer que a ideia do “se cada um fizer a sua parte…” é verdadeira.

Água
Foto: hacedoraweb

Além disso, estima-se que haja apenas 11,2 bilhões de hectares de terra e água produtivos, dos 49 bilhões de hectares da superfície terrestre. Se dividirmos esse número pela quantidade da população mundial em 2012, cerca de 7 bilhões, temos 1,6 gha por pessoa. Isso sem contar que compartilhamos a Terra com mais de 10 milhões de outras espécies, portanto, não podemos utilizar todo o espaço bioprodutivo.

Para medir a sua Pegada Ecológica de forma rápida e fácil, a PepsiCo, fabricante dos produtos Elma Chips, Quaker e Pepsi, entre outros, criou uma calculadora virtual, disponível para todos os internautas em seu site, clique aqui e faça o cálculo.

Além da calculadora da Pegada Ecológica, a empresa desenvolveu outro método de calcular as impressões deixadas por nós no mundo, dessa vez, voltada especificamente para o consumo de água de cada pessoa. Esta calculadora mostra que a boa utilização dos recursos hídricos é responsabilidade de todos. São 13 perguntas sobre os hábitos diários das pessoas, como as quantidades de banhos e de vezes em que escovam os dentes.

Além de apontar o resultado, ambos os sites trazem dicas de como você pode reverter as suas atitudes de modo que contribua mais positivamente para o meio em que vive. Agora que já sabe sobre os impactos ambientais, sobre suas próprias impressões deixadas na Terra e sobre o que precisa melhorar, está esperando o que para fazer a sua parte?