© Depositphotos.com / akarelias Manual ensina como ser ecologicamente correto do começo ao fim da obra.

A construção civil é um dos setores que mais movem a economia e geram empregos no mundo. Porém, é o que mais consome recursos naturais, segundo o Conselho Internacional da Construção (CIB). Presume-se que mais de 50% dos resíduos sólidos gerados pelas atividades humanas sejam resultantes da construção.

Para diminuir esses impactos ambientais, o Ministério do Meio Ambiente lançou uma cartilha que tem o objetivo de tornar a construção civil mais sustentável, buscando soluções eficientes e responsáveis para utilizar do início ao fim da obra, além de orientar os consumidores sobre moradias e reformas menos prejudiciais ao meio ambiente.

Batizada de “Construções e Reformas Particulares Sustentáveis”, a cartilha possui nove páginas e mostra um mapa com todos os cômodos da casa e identificam os pontos para a execução da obra dentro do conceito de sustentabilidade.

Esse com certeza é um grande desafio para o setor, mas esse manual vai colaborar com a redução e otimização do consumo de materiais e energia, na redução de resíduos gerados, preservando da melhor forma possível o ambiente natural e melhorando a qualidade do ambiente construído.

As tendências atuais, quando se fala sobre construção sustentável, possuem duas direções. A primeira são os centros de pesquisas em tecnologias alternativas, que visam utilizar materiais e tecnologias vernáculas como o uso da terra crua, palha, pedra, entre outros materiais naturais. A segunda envolve os empresários que apostam em “empreendimentos verdes”. No entanto, eles refletem apenas esforços na redução da energia incorporada, sendo que nos outros aspectos são iguais às convencionais.

Para que esse processo de implementação urbana seja efetivo, são recomendados seguir alguns pontos importantes: adaptação à topografia local, com redução da movimentação de terra; preservação de espécies nativas; previsão de ruas e caminhos que privilegiem o pedestre e o ciclista e contemplem a acessibilidade universal; previsão de espaços de uso comum para integração da comunidade; e, preferencialmente, de uso de solos diversificados, minimizando os deslocamentos.

Além disso, a cartilha salienta o uso de iluminação e ventilação natural, diminuindo o consumo de energia. Nas áreas externas, a orientação é usar reciclados da construção e pavimentos permeáveis. Já para o piso externo, sugere-se o uso dos intertravados, feito de materiais prensados e que possuam maior vida útil e baixo custo de manutenção.