© Depositphotos.com / vitaliy_sokol Especialistas acreditam que não existam mais do que 40 botos em todo o planeta.

Visando a preservação dos botos, o governo mexicano anunciou no começo deste mês que contará com a ajuda de outra espécie para protegê-los contra os riscos de extinção. Trata-se dos golfinhos, que serão usados para localizar as comunidades remanescentes de botos.

Segundo parecer do ministro do Meio Ambiente, Rafael Pacchiano, divulgado na mídia, a estratégia contará com a ajuda de golfinhos treinados pela marinha dos Estados Unidos, que ficarão responsáveis pela tarefa de tentar salvar a espécie Marsopa. Ao encontrar novos animais, a ideia é de que todos estes sejam encaminhados para um refúgio marinho, onde receberão tratamentos e cuidados para preservação e reprodução.

Ainda assim, o projeto, que deve ter início em setembro, é considerado de grande dificuldade pelos especialistas marinhos, que estimam a existência de não mais de 40 exemplares dessa rara espécie em todo o planeta. Os cientistas acreditam que todos esses animais estão localizados nas águas do Golfo da Califórnia, que é um habitat característico da Marsopa.

Em conjunto com a iniciativa, o México proibiu permanentemente as redes de pesca usadas para a captura do peixe totoaba (também em extinção), já que diversos exemplares do animal foram perdidos em razão do material.

Para executar todo o planejamento, o ministro Pacchiano relatou à rádio mexicana Fórmula que o grupo de golfinhos (que será usado no projeto) foi treinado ao longo de todo o ano passado, quando foi usado para procurar mergulhadores desaparecidos.

Vale lembrar ainda que, recentemente, o presidente do México, Enrique Pena Nieto, se juntou ao ator hollywoodiano Leonardo Di Caprio e ao compatriota bilionário Carlos Slim para promover uma grande campanha de apoio à salvação dos botos. Após a confirmação do novo projeto, Di Caprio usou as redes sociais para classificar a grande novidade como “ótimas notícias”.