De acordo com os dados fornecidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apenas no segundo trimestre de 2013, o Brasil atingiu o recorde histórico de 8,5 milhões de cabeças de gado abatidas. Apesar de absurdo, o número não representa a extinção dos bovinos, mas demonstra que o homem é capaz de preservar animais quando há interesse. A partir daí, a organização não governamental Conservação Internacional (CI) iniciou uma campanha pedindo à humanidade que utilize sua criatividade no salvamento de espécies como arara azul, tamanduá bandeira e urso polar.

Arara
Foto: Divulgação

A divulgação visa apontar que, enquanto alguns espécimes correm riscos de aniquilação, a comunidade mundial possui tecnologia suficiente para dar vida longa aos bichos que propiciam lucro financeiro. Por outro lado, a Sociedade Zoológica de Londres (SZL), no relatório chamado de “Inestimável ou Inútil?” (do inglês “Priceless or Worthless?”), compilou uma lista indicando os 100 tipos de animais, plantas e fungos que estão prestes a sumir do planeta.

“Se o homem precisasse de carne de tamanduá bandeira, eles estariam em perigo?” Este é um dos provocativos slogans da organização privada e sem fins lucrativos que procura captar recursos para dar continuidade aos seus programas de preservação ambiental, atuantes no Brasil e também pelo mundo, e instigar o público a adequar suas práticas diárias de maneira que beneficiem a fauna e flora.

Tamanduás
Foto: Divulgação

Em 2012, a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês) divulgou um documento informando que, após analisar 63.837 espécies, 19.817 corriam o perigo de extinção devido ao esgotamento de seu habitat, ao aquecimento global e à caça. Numa situação oposta, foram ao abate cerca de 1,4 bilhão de galináceos e 8,9 milhões de suínos, evidenciando que a importância comercial favorece investimentos na procriação dos bichos, pois estes animais existem em vasta quantidade atualmente.

“Quando há interesse econômico, as pessoas encontram uma solução.” Esta é a sugestiva frase estampada pela campanha da ONG Conservação Internacional que ilustra a grande população de espécies ameaçadas de dizimação sendo criada em cativeiros, como se fossem rebanhos bovinos ou frangos de corte.

No cenário nacional, somente a Amazônia abriga 50% da biodiversidade do planeta, sendo 45 mil tipos de plantas, 1.800 espécies de borboletas, 150 variações de morcegos, 1.300 castas de peixes de água doce, 163 categorias de anfíbios, 305 raças de serpentes, 1 mil classes de aves e 311 de mamíferos. Porém, embora a CI mantenha um projeto na região, a sociedade deve se concentrar em proteger a natureza.

Pandas
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