Fonte: Telegraph Para proteger os animais dos caçadores, homens armados montam guarda na região onde são mantidos os últimos exemplares da espécie.

Os rinocerontes-brancos-do-norte estão no centro de um debate sobre a possível extinção da espécie, por serem vítimas da caça ilegal para retirada dos seus chifres. Essa matança está comprometendo o trabalho realizado há décadas para reconstituir a população selvagem destes animais, que reduziu 96% em apenas 50 anos.

A procura pelos chifres de rinocerontes cresceu nos últimos anos devido a uma crença difundida nos países asiáticos de que o material, por ser feito de queratina, contém  propriedades medicinais e afrodisíacas. Com isso, só em 2013, 59 animais foram mortos, entre brancos e negros, e a ameaça é constante.

Com a quantidade limitada de rinocerontes no mundo e a alta procura, o preço cresceu muito. Cada quilo de chifre sai por US$ 65 mil no mercado negro asiático.

A subespécie rinoceronte-branco-do-norte (Ceratotherium simum cottoni) é originária de uma pequena área entre Uganda, Sudão e República Democrática do Congo e é a quarta espécie terrestre mais pesada do planeta.

A retirada dos chifres de um rinoceronte não causa sua morte, entretanto, na maioria das vezes, e pela forma como são removidos, o animal é abatido, apesar dos chifres se regenerarem por completo em até três anos. Além disso, muitas pessoas se aproveitam para empalhar a cabeça ou vendê-la em casas de leilão.

Os animais são alvos de caçadores devido ao valor de seus chifres no mercado clandestino.

Atualmente, existem cerca de 25 mil rinocerontes no planeta, mas apenas cinco da subespécie rinoceronte-branco-do-norte. Três deles se encontram no Quênia, um no zoológico de San Diego (EUA) e um na República Tcheca.

Com o intuito de proteger os últimos animais dessa subespécie, as organizações Ol Pejeta Conservancy e a Fundação Internacional contra Caça Furtiva (IAPF, sigla em inglês), formaram uma equipe de homens armados, treinados para fazer o monitoramento e defesa desses animais na África. Além dos seguranças, os rinocerontes contam com o apoio de veterinários que os acompanham.

Outra alternativa que as ONGs adotaram para a proteção da espécie é fazer a remoção periódica dos chifres. Este procedimento é feito por veterinários e com total segurança, dessa forma, os animais não atraem tanto os caçadores.

Mesmo assim, as penalidades pela caça de rinocerontes são poucas ou mal aplicadas, tanto na África, de onde vem a maior parte dos chifres, como na Ásia, onde ocorre a revenda.

Fotógrafo: Brent Stirton
Fotógrafo: Brent Stirton
Fotógrafo: Brent Stirton
Fotógrafo: Brent Stirton
Fotógrafo: Brent Stirton
Fotógrafo: Brent Stirton