Nuno André Ferreira Fenômeno El Ñino fará o tempo se tornar muito mais seco do que de costume, afetando a região.

De acordo com um estudo elaborado pela NASA, o mês de julho deve registrar uma das temporadas de queimadas mais intensas da história na Amazônia. A pesquisa da agência espacial norte-americana baseia-se na forte atuação do El Ñino na região, que tem se formado desde o ano passado e tem tudo para superar as estiagens de 2005 e 2010 – até o momento, as piores já registradas.

O fenômeno natural tem como principal atividade a alteração do padrão de chuvas, fazendo com que o tempo se torne muito mais seco do que de costume, comprometendo toda região amazônica. Desta forma, a floresta fica mais vulnerável ao fogo, aumentando a chance de alastramento de queimadas.

Apesar da grande contribuição do El Ñino, é importante deixar claro que a principal causa de queimadas e incêndios florestais é o uso inapropriado do fogo pelos agricultores e donos de propriedades rurais. Em grande parte dos acidentes, os incendiários manuseiam o fogo de maneira incorreta, perdendo rapidamente o controle da atividade até resultar no desastre ambiental.

Outra atividade ilegal que costuma ter grande presença na Amazônia nesta época do ano é o número de denúncias contra o desmatamento. Os infratores aproveitam a baixa temporada de chuvas para fazer a extração de quantidades ainda maiores de madeira. Segundo o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisa Espacial), de 2014 para cá, os focos de queimadas aumentaram em pelo menos 30%, e os números continuam a crescer neste ano.